As pessoas têm cada vez menos domínio das Escrituras e esse deve ser um ponto de atenção em nossos ministérios

Em sua pesquisa realizada anualmente, a chamada “State of the Bible” – ou “Estado da Bíblia”, em tradução livre –, o Barna Group estuda o comportamento e as crenças dos norte-americanos com relação à Palavra de Deus. Na edição de 2019, última realizada até então, alguns números chamam a atenção.

Em primeiro lugar, a pesquisa usa um questionário para entender as interações das pessoas com a Bíblia e divide os resultados em cinco grupos: biblicamente centrados – aqueles que interagem com ela frequentemente e isso transforma seus relacionamentos e escolhas –, biblicamente comprometidos – aqueles que interagem com a Bíblia frequentemente e ela transforma seus relacionamentos com Deus e as pessoas –, biblicamente amigáveis – aqueles que interagem com a Palavra de maneira consistente como uma fonte de sabedoria e conhecimento espiritual –, biblicamente neutros – aqueles que interagem com a Bíblia esporadicamente e ela tem pouca influência espiritual, no entanto essa influência pode estar crescendo – e biblicamente desengajados – não interagem com a Bíblia com frequência, se é que o fazem, e ela tem impacto mínimo em suas vidas.

De acordo com esses grupos, os números são os seguintes: 5% dos norte-americanos dizem se encontrar no primeiro, 19% no segundo, outros 19% no terceiro, 9% no quarto e surpreendentes 48% no último.

Além disso, 35% dos adultos afirma não ter usado a Bíblia em nenhum momento no ano da pesquisa. Isso leva a outros dados alarmantes levantados pelo Barna Group ao longo dos anos: boa parte dos cristãos não sabem identificar mais de dois ou três discípulos de Jesus; 60% não consegue nomear cinco dos dez mandamentos; pelo menos 12% dos adultos acredita que Joana D’Arc era esposa de Noé. E a lista só continua.

Apesar de no Brasil não termos uma pesquisa que traga esses dados sobre a população, não é difícil acreditar que a realidade seja bem parecida – se não um pouco pior. A verdade é que apesar de os cristãos reconhecerem a importância da Palavra de Deus e até a reverenciarem, eles não a leem. Afinal, quantas vezes já se ouviu nas igrejas locais que “Deus escreve certo por linhas tortas” é um versículo bíblico?

A questão é que conhecer a Bíblia vai muito além de simplesmente saber o que está escrito nela. Tem a ver com mudança de vida, transformação de mente, arrependimento. Tem a ver com conhecer mais sobre o coração de Deus e o Seu caráter.

5 razões por que é importante ensinar a Bíblia nas igrejas locais

Essas informações mostram o quanto é essencial mostrar o valor de conhecermos a Palavra em nossas igrejas locais, nos esforçando, inclusive, para que ela seja o centro de nossas pregações e ensinamentos.

Separamos cinco motivos principais que fazem do ensino bíblico um fator de tanta importância na igreja:

1. A Bíblia é a Palavra de Deus

Em primeiro lugar, a Bíblia é a Palavra de Deus. Isso quer dizer que o que ela diz é o que o Senhor diz. Como diz o texto de 1 Timóteo 3.16-17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para nos ensinar o que é verdadeiro e para nos fazer perceber o que não está em ordem em nossa vida. Ela nos corrige quando erramos e nos ensina a fazer o que é certo. Deus a usa para preparar e capacitar seu povo para toda boa obra” (NVT). Esse deve ser o fator primordial para nosso compromisso de ensinar a Palavra em nossas igrejas locais.

2. A mensagem bíblica tem uma essência

Além de ser a Palavra de Deus revelada a nós, Seus filhos, a Bíblia também tem um propósito, uma essência em sua mensagem, e ela pode ser dividida em cinco partes: (1) explicar a origem do homem; (2) mostrar a origem do mal e do pecado no mundo; (3) ensinar que Deus deseja a salvação dos homens; (4) afirmar que a salvação está na pessoa de Jesus; (5) afirmar que há esperança e vida eterna para todo aquele que se volta para Deus, por meio de Cristo Jesus.

3. A Bíblia é suficiente

Porque a Bíblia é a Palavra de Deus é carrega Sua autoridade, ela é suficiente para cumprir Seus propósitos. Tudo que tem impacto eterno que possa sair de nossos ensinamentos e pregações acontece pelo poder da Palavra, não por causa de nossos comentários. Isso faz com que a Bíblia tenha de ser o centro de nossos cultos, inclusive das músicas que cantamos nos momentos de louvor.

4. Ensinar a Bíblia é um mandamento

Jesus nos ordenou a fazer discípulos, não apenas convertidos, e discípulos são feitos através do ensino da Palavra. Este é um dos requisitos básicos para cumprirmos a Grande Comissão (Mt. 28.20).

5. Ensinar a Bíblia é necessário

O ensino bíblico era uma das marcas da Igreja Primitiva (At. 2.42) e deve ser também de nossas igrejas locais. Afinal, é através de Sua Palavra que Deus nos corrige quando erramos e nos ensina a fazer o que é certo (1Tm. 3.16-17). É assim que entendemos a Sua vontade e somos realmente transformados.

Faça da Palavra uma parte central de sua igreja local

Garanta que a Bíblia esteja em uma posição de importância no ensino de sua igreja local. Encoraje sua liderança a se relacionar constantemente com ela e a ensinar cada membro a fazer o mesmo. Isso certamente transformará todas as vidas e fará com que vivamos os propósitos de Deus.

O curso “Maturidade Cristã” tem uma aula especial sobre a Bíblia, além de diversos outros temas importantes. É uma oportunidade incrível para quem quer crescer ainda mais no conhecimento de Deus.