Rachel Novaes compartilha três princípios que devem reger a música na igreja local durante o distanciamento social

Olá, meus irmãos, graça e paz! Tudo bem?

Estou aqui para compartilhar com vocês algo sobre o ministério de louvor e os desafios que temos vivido neste tempo de pandemia. Eu sei que não tem sido fácil para ninguém. Durante toda a nossa vida, nos reunimos como igreja, todo o ministério de louvor ali completo e toda a igreja cheia louvando e adorando ao Senhor, e de repente nos vimos privados de tudo isso.

Muitos de nós temos tido que ministrar para uma tela. Crendo, é claro, que está chegando na casa das pessoas, mas mudou muito. Ou quem já está voltando, como é o caso da Comunidade da Graça em Ubatuba, ainda muito aos poucos, vê aquela igreja meio cheia, meio vazia. Isso gera um impacto ruim dentro de nós.

Eu queria pensar com vocês, então, em três princípios, três aspectos que podem nos inspirar nesse período difícil:

1. Um único Espectador

Me lembro do texto de Isaías 43.21, que diz: “Ao povo que formei para mim mesmo, a fim de que proclamasse o meu louvor”.

Quando nos reunimos como igreja é diferente de um show, onde existe um palco e um auditório. Em um culto não existe isso. Um culto é um grupo todo diante de um único auditório, uma única Pessoa, um único Espectador, que é o nosso Deus. Nós nos reunimos para louvar e adorar o Senhor. O nosso amado e salvador eterno, Jesus Cristo. Então, se a igreja está cheia ou vazia, o auditório na verdade é de um só, o nosso Deus, e Ele está lá. Podemos cantar com todo o nosso coração, a nossa força e a nossa paixão por Ele.

2. Um ministério espiritual

O nosso trabalho, aquilo que fazemos enquanto ministério de louvor, é algo espiritual. O pastor Carlos Alberto Bezerra nos indicou um livro do John Piper chamado “Irmãos, nós não somos profissionais”. E é exatamente isso. Por mais que consigamos atingir um nível técnico de profissionais, nosso ministério ainda é espiritual, e nós precisamos mais do que nunca da ação do Espírito Santo na nossa vida.

Se o Espírito Santo não fizer algo em nós e através de nós enquanto estamos ministrando, se não houver o fluir do Espírito Santo, vamos ser mais um concorrente da Netflix, mais um entretenimento. E nós não queremos isso, somos canais do fluir de Deus.

Então, para mim, é como se tivesse ficado ainda mais forte essa dependência do Espírito Santo de Deus, porque se não houver a marca da unção e da presença de Deus naquilo que nós estamos ministrando, para a pessoa que está em casa recebendo vai ser só mais um episódio para se assistir. Precisa ter a marca de Deus, o fluir de Deus.

Por isso, precisamos estar totalmente na dependência do Espírito Santo. Eu andei lendo sobre isso na semana passada e queria só lembrar a você que quando falamos sobre ser cheios do Espírito Santo não diz respeito ao quanto temos do Espírito Santo, mas na verdade ao quanto Ele tem de nós. Nós recebemos o Espírito Santo por completo, Ele está aqui, mas o quanto Ele tem dominado meu coração, minha mente, meus pensamentos? Quão grande é o espaço que Ele ocupa dentro de mim? Quão dependente eu sou do Espírito Santo?

Ser cheio do Espírito Santo é estar debaixo do governo e da direção dele em todo tempo. E eu tenho certeza de que quando nós ministramos debaixo deste governo, desta ação do Espírito Santo, aquilo que chega na casa das pessoas através da transmissão ao vivo, de uma rede social ou, até mesmo, através de um culto que está meio cheio meio vazio, é algo que transforma, que atrai, que eleva, que cura.

Eu creio nisso. Então, a nossa audiência é de um só, o nosso Deus, e nós, movidos pelo Espírito Santo, vamos fazer algo que vai gerar resultado no coração das pessoas e, é claro, o nome do Senhor vai ser exaltado.

3. Um repertório que fale sobre Jesus

Com relação ao repertório, escolha canções que exaltam a grandeza de Deus, que falam da Sua soberania, que falam da Sua autoridade, do Seu governo sobre nós. De tudo aquilo que Ele já fez por nós. Cante sobre Jesus, adore o Senhor Jesus, porque quando fazemos isso é como se estivéssemos atraindo a atenção das pessoas para Ele, e é só isso que importa.

Quando as pessoas louvam e adoram o Senhor Jesus, o interior delas é abastecido, é iluminado. “Olharam para Ele, e foram iluminados” (Sl. 34.5). Que a nossa vida seja assim. Que a nossa adoração e o nosso louvor seja assim, um instrumento de iluminação, de apontar para a glória do Senhor Jesus. E eu sei que isso vai trazer resultados no coração de toda a igreja. Deus abençoe você.