O que a Palavra de Deus diz sobre tempos de epidemias e incertezas

O ano de 2020 não está nem perto da metade e já mostrou que vai ficar marcado na história global.

Tudo por causa da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus e responsável por uma pandemia que tem se espalhado em ritmo acelerado pelo mundo todo, com milhares de pessoas infectadas e outros milhões em medidas preventivas: isolamentos, quarentenas, trabalhando de casa e evitando aglomerações.

Claro, além de adotarem o hábito de lavar bem as mãos com frequência e de tornarem o álcool em gel um fiel companheiro.

A doença em si e seu contágio são sim motivo de grande atenção, mas o estado de alerta, ansiedade, medo e, muitas vezes, terror que uma situação como essa – quase que sem precedentes – destrava, acaba se tornando o grande protagonista.

Em meio às fake news, que acabam só colaborando com o alarde e prejudicando o combate ao coronavirus, a igreja precisa adotar uma posição firme.

Em primeiro lugar, o que é o coronavirus?

Coronavírus, na verdade, não se trata de um tipo de vírus, mas de uma família deles. Seu nome vem do fato de que sua estrutura é no formato de uma coroa.

Mas, diferente do que muitos podem pensar, o coronavírus não é exatamente uma novidade.

Descoberto em 1960, já foi responsável por outras doenças, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave, ou Sars, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio, a Mers.

Ambas infecções respiratórias, assim como a Covid-19, embora mais mortais que a nova enfermidade.

A grande preocupação com relação ao caso atual é seu contágio fácil e acelerado, que pode acontecer pelas vias respiratórias, através do ar e de gotículas de espirros e fala de pessoas infectadas; pelo contato físico e pelo contato com superfícies contaminadas.

É isso que tem levado os órgãos oficiais e governos de diversos países a adotarem as medidas de prevenção para evitar a proliferação da pandemia.

Qual deve ser nosso posicionamento?

Em primeiro lugar, precisamos nos lembrar do nosso Pai e do Seu caráter.

Essa é uma situação completamente diferente de tudo que já vivemos.

Aqui no Brasil, diversos estados estão recomendando o fechamento de escolas, comércios e o trabalho de casa, o home office, para as empresas que conseguem fazê-lo.

Essas circunstâncias geram algo que é muito comum e pode parecer extremamente poderoso: o medo do desconhecido.

E é aí que precisamos nos apoiar ainda mais em Alguém que nos é bem conhecido: o Senhor.

Em sua carta, Tiago fala de quem o nosso Deus é: “Toda dádiva que é boa e perfeita vem do alto, do Pai que criou as luzes no céu. Nele não há variação nem sombra de mudança” (Tg. 1.17 NVT).

Não importa o que esteja acontecendo ao nosso redor, a instabilidade da situação do mundo, Deus continua sendo o mesmo.

Nele não há nem sombra de variação. Ele não fechou Seus olhos, não está desatento e nem deixou de Se importar. Ele continua o mesmo: amoroso, bom, justo, soberano.

Seu perfeito amor por nós, que venceu toda doença na Cruz do Calvário (Is. 53.4), continua o mesmo, lançando fora todo o medo (1Jo. 4.18).

Podemos continuar seguros, repousando na Rocha firme que é Cristo, mesmo em tempos de calamidade.

É momento de nos lembrarmos das palavras de Pedro em sua primeira carta: “Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês” (1Pe. 5.7).

Como servos e membros do Corpo de Cristo, precisamos nos apoiar nessas verdades, repassá-las ao rebanho e olhar para o futuro com esperança, porque foi isso que Jesus conquistou para nós.

Além disso, é momento de orarmos em todas as ocasiões, com toda oração e súplica, perseverando em oração (Ef. 6.18).

Essa é a maior arma que o Pai nos deixou e precisamos usá-la, contando com nosso Amigo e Consolador, o Espírito Santo, para nos direcionar e nos ajudar.

Quanta confiança temos em Deus!

Dicas importantes

Com tudo isso, como líderes e pastores das igrejas que o Senhor nos confiou, podemos seguir o exemplo de Charles Spurgeon, quando enfrentou a epidemia de cólera em 1854. Sua resposta nos mostra como agir e nos traz algumas dicas essenciais:

1. Ele priorizou o ministério local

Além de acatar as recomendações de isolamento e evitar aglomerações, é muito importante que você priorize sua igreja local.

Esteja sempre em contato com os líderes de células e com as pessoas. Aproveite as redes sociais e o WhatsApp para espalhar a verdade da Palavra de Deus, o Seu amor e toda a esperança que Ele nos dá.

2. Ele ajustou suas reuniões

O fato de ter que cancelar reuniões por medidas preventivas não quer dizer que você não pode realizá-las de outras maneiras.

Este é um momento de aproveitar a tecnologia e utilizá-la como aliada, gravando mensagens e cultos online, compartilhando esboços, criando playlits de músicas.

Tudo isso ajusta as reuniões e mantém o Corpo unido.

3. Ele cuidou dos enfermos

Não importa o nível que a epidemia alcançou no nosso país, cuidar dos enfermos é também uma prioridade.

Atente-se aos que estão sofrendo com a própria Covid-19 em sua comunidade, mas também aos que têm enfrentado doenças emocionais, sofrimento por conta de familiares enfermos.

Ore por essas pessoas, acompanhe-as.

4. Ele estava aberto para novas oportunidades de evangelismo

Em tempos como o que vivemos, muitas pessoas abrem seu coração para receber as verdades do Evangelho.

Essa pode ser uma ótima oportunidade de falar do sacrifício de Cristo e do amor de Deus por elas. Seja criativo! Pense em novas maneiras de pregar e evangelizar.

5. Ele confiou sua vida a Deus

Por último, mas, com toda certeza, não menos importante: confie sua vida, mais uma vez, ao Senhor.

É preciso agir com sabedoria e assumir as medidas preventivas nesses dias, no entanto nossa segurança não deve estar nessas coisas e sim em Deus.

Conforme confiamos nossa vida a Ele e prosseguimos com nossas responsabilidades, temos a oportunidade de mostrar como são a paz e a esperança em meio ao medo e à morte.

Continue firme em sua caminhada, olhando sempre para o Autor e Consumador da sua fé, Jesus Cristo. Nele nós podemos sempre confiar.

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