Como podemos seguir o exemplo de Jesus no discipulado um a um

Quando esteve na terra, Jesus veio com a missão de salvar toda a humanidade, de nos libertar do pecado e da morte. Em Seus 33 anos de vida, Ele não fundou uma religião e nem sequer construiu um templo. Mas estabeleceu a Sua igreja, uma igreja formada por pessoas para abençoar pessoas.

Ainda hoje, a vontade de Deus é que nós sejamos como essa igreja estabelecida por Jesus, e só conseguiremos fazer isso se formos parecidos com Ele e inspirarmos outros a fazerem o mesmo. Nosso Senhor nos deixou o segredo: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês” (Mt. 28.19-20).

Discipulado um a um

Os discípulos são a base da igreja de Cristo. Ele mesmo mostrou que o discipulado era uma prioridade. Jesus tinha muitos seguidores e aqueles que caminhavam mais perto, Seus 12 discípulos. Mas tinha aqueles que estavam mais perto ainda – Pedro, João e Tiago –, e Ele tratava com eles individualmente, um a um. Não desperdiçou nenhuma oportunidade de treiná-los, instrui-los e formar o seu caráter.

O discipulado um a um é um grande privilégio, mas está longe de ser algo simples. Exige dedicação, entrega e investimento. Não tem a ver apenas com administração de problemas ou uma simples amizade, apesar de também envolver essas coisas. O grande desafio é criar Jesus nas pessoas. Ajudá-las a serem mais parecidas com Ele em suas atitudes e pensamentos. É transferir vida – e isso se faz através do exemplo.

Jesus só ensinava aos Seus discípulos aquilo que Ele mesmo praticava. Eles aprendiam não apenas com Suas palavras, mas também ao ver Suas atitudes. Assim como filhos, nossos discípulos vão agir como nós agimos. E é nesse andar junto, nesse conviver e compartilhar, em exemplo e obediência a Deus, que eles serão curados, libertos e transformados para, então, fazer o mesmo com outros.

As características do discipulado

Em um relacionamento entre discipulador e discípulo é importante haver transparência, amizade, confiança. Mas também há outras características importantes para que essa relação cresça e dê muitos frutos que glorificam ao Senhor. A primeira delas é a humildade. Quando estamos caminhando com alguém e ensinando as pessoas, naturalmente vamos cometer alguns erros. Precisamos ter humildade para reconhecer esses erros e pedir perdão.

Acabe foi o pior rei de Israel, mas soube se humilhar e reconhecer os seus erros. Por causa de sua atitude, Deus retirou todas as coisas horríveis que havia prometido fazer contra ele (1Rs. 21.25-29).

Outro princípio importante é a confrontação em amor. Apesar de ser um relacionamento de amizade, o discipulado não é algo irresponsável. Quando há pecados, resistência às autoridades, brigas ou fofocas e nós simplesmente perdoamos, sem corrigir, falhamos em nossa missão como discipuladores.

As pessoas precisam ser confrontadas para que haja mudança de atitude. E isso não tem a ver com dar broncas, trazer peso ou culpa. Tem a ver com trazer a verdade da Palavra nas áreas que precisam ser transformadas. Devemos corrigir com amor paciente e com fé de que haverá um arrependimento verdadeiro. A Bíblia nos garante que “as advertências da disciplina são o caminho que conduz à vida” (Pv. 6.23).

E, por último, mas igualmente importante, vem o encorajamento. Todos nós, inclusive os nossos discípulos, passamos por muitos desafios e dificuldades, e, muitas vezes, precisamos ser reanimados e encorajados. E isso é imprescindível no discipulado. Deus quer que dependamos dele e que ensinemos as outras pessoas a fazerem a mesma coisa.

Assim como Jesus

Todas essas características eram evidentes no nosso Senhor Jesus, e tantas outras mais. Ele deve ser o nosso modelo em todas as áreas da nossa vida, e principalmente no tratamento com nossos discípulos. O plano e o sonho de Deus é que possamos formar pessoas parecidas com Jesus, pessoas que têm um relacionamento de intimidade com Ele e que trabalham para que o Seu Reino se estenda nesta terra, abençoando muitos outros.

Suely Bezerra

Quer saber qual é o papel da oração no discipulado?