Uma igreja que experimenta o poder do Espírito Santo impacta o mundo e transforma a sociedade

As estatísticas mostram que a igreja evangélica brasileira cresceu muito numericamente. De fato, uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o número de evangélicos no país aumentou 61,45% nos últimos tempos. Mas a realidade mostra que há grandes ajuntamentos, prédios faraónicos, marchas multitudinárias, mas, proporcionalmente, não há verdadeira influência na vida da nação. De fato, muitos homens e mulheres reconhecidos publicamente como cristãos, estão envolvidos em escândalos. Precisamos de um avivamento.

Avivamento não é busca de bênção, não é “esquisitice espiritual”, não é histeria coletiva, não é correr atrás das últimas novidades do mercado da fé. Avivamento é a manifestação soberana e sobrenatural da presença manifesta de Deus na vida do Seu povo, gerando quebrantamento, arrependimento e sede de santidade, e voltando a Igreja para a Palavra e para a oração. É a volta ao primeiro amor.

Verdades importantes sobre o avivamento

E quando a Igreja experimenta o poder do Espírito Santo ela impacta o mundo e transforma a sociedade. Esse é o verdadeiro avivamento que devemos buscar.

Em Isaías 44.3-5, o profeta declara a Palavra de Deus: “Pois derramarei água na terra sedenta, e torrentes na terra seca; derramarei meu Espírito sobre sua prole, e minha bênção sobre seus descendentes. Eles brotarão como relva nova, como salgueiros junto a regatos. Um dirá: “Pertenço ao Senhor”; outro chamará a si mesmo pelo nome de Jacó; ainda outro escreverá em sua mão: “Do Senhor”, e tomará para si o nome Israel”. Assim, ele nos ensina quatro verdades sobre o avivamento:

1. O avivamento é uma promessa de Deus

Essa promessa tem duas características. Ela é segura, porque quem está prometendo não é uma igreja ou uma denominação, mas é o Deus criador do universo, o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. E o derramamento de torrentes na terra seca fala da abundância desse avivamento, de um Deus soberano, maior do que tudo o que Ele mesmo criou. Por isso, o apóstolo Paulo orou para que nós sejamos cheios de toda a plenitude de Deus (Ef. 3.19).

2. O avivamento é uma necessidade da Igreja

Há vários símbolos para o Espírito Santo na Bíblia. O vento, o óleo, a pomba, o fogo, o azeite. Mas no versículo 3, o símbolo do Espírito Santo é a água. Por quê? Porque não há vida sem água.

Você pode ter a melhor terra, a melhor semente, a melhor tecnologia, mas se não tiver água a semente não vai germinar. Em outras palavras, podemos ter prédios modernos, a melhor tecnologia, bons cantores e instrumentistas, excelentes pregadores, mas sem o Espírito Santo a Igreja não tem vida.

Precisamos e dependemos do Espírito Santo. Não podemos fazer a obra de Deus sem Ele. É Ele quem convence do pecado, regenera, batiza no corpo de Cristo, santifica, transforma, e conduz a Igreja em triunfo. Quando Ele ocupar o lugar que lhe pertence, o obstáculo que impede esse derramamento prometido, o pecado, será eliminado. Enquanto nós não nos humilharmos e declararmos a nossa dependência de Deus e da Sua graça, Suas torrentes não cairão sobre nós.

A água não é só um instrumento de vida, é também uma ferramenta de purificação. Todos os avivamentos na história foram precedidos de choro pelo pecado. Não se trata de uma experiência superficial, é profunda. O pecado leva o cristão a desenvolver angústia. Não produto de um sentimento de culpa, mas do entendimento do fato de que Deus é santo e não pode ter comunhão com as trevas. E quando Seu povo se arrepende e volta para Ele, o mundo é impactado.

3. O avivamento precisa ser desejado ardentemente pela Igreja

O texto mostra a figura da terra seca, sedenta. A sede é diferente da fome. Se você não come o seu estômago dói, mas depois de um tempo isso passa e você consegue jejuar por mais tempo. Mas a sede é implacável, ela mata. Só teremos um avivamento quando tivermos sede de Deus.

4. O avivamento traz resultados extraordinários para a Igreja

Gera crescimento e testemunho poderoso: “Eles brotarão como a erva (…) “Este dirá: Eu sou do Senhor” (Is. 44.4-5). Você consegue imaginar o impacto que a nossa cidade teria se cada um de nós fizesse essa declaração?

O avivamento começa exatamente quando a Igreja sente que está vazia, seca e árida. Então, como solo seco e sedento, ela clama pelas chuvas torrenciais do Espírito. Deus não derrama seu Espírito sobre uma igreja autossuficiente, arrogante e soberba.

Precisamos buscar a Deus. Precisamos ter sede de Deus. Quando Ele for o prazer da nossa alma, o mundo será atraído pelo Evangelho de Jesus Cristo.

Uma igreja cheia do Espírito Santo

Que Deus derrame do Seu Espírito sobre nós para que possamos, como igreja, experimentar mais uma vez do “fogo abrasador” que nos purifica e nos santifica para uma vida cristã de obediência à Palavra de Deus.

Ronaldo Bezerra

Quer continuar aprendendo sobre o assunto? Descubra como é o avivamento desejado por Deus!