4 maneiras em que discipulado é diferente de mentoreamento
As duas práticas são – e devem ser – comuns em uma igreja local, mas você sabe quais as diferenças entre elas?
Provavelmente, em sua igreja local, você já viveu dois tipos de situação: alguém que pediu para se discipulado por você e alguém que já pediu para ser mentoreado por você. Muitos de nós, erroneamente, acabam considerando essas duas práticas como a mesma coisa. No entanto, elas são bem diferentes e precisamos ter em mente quais exatamente são essas diferenças.
A questão é que tanto mentoreamento quanto discipulado são extremamente importantes em nossa vida como corpo de Cristo nesta terra. Ambos têm a ver com relacionamento um a um. Ambos envolvem aconselhamento e outros conteúdos em algum nível. Ambos estão focados em ajudar uma pessoa a aprender e crescer. Mas existem diferenças importantes e, uma delas, é que discipulado tem uma natureza espiritual, é parte integral do Reino de Deus para o crescimento.
Características fundamentais do discipulado
Podemos sim ser mentores em nossas igrejas locais, mas precisamos nos lembrar de que o nosso chamado é de sermos também fazedores de discípulos, discipuladores. E, nesse sentido, é muito importante que tenhamos em mente as características fundamentais do discipulado, que o tornam tão diferente do mentoreamento:
É uma ideia de Deus
O discipulado é uma questão de obediência, ao respondermos ao mandamento de Jesus de “ir e fazer discípulos” (Mt. 28.19). E a ideia de fazer discípulos não parte da nossa natureza humana, é algo sobrenatural, parte do design de Deus para o processo de transformação de um cristão.
Portanto, discipulado tem um foco específico: estar perto de uma pessoa e investir nela espiritualmente para que se torne uma seguidora de Jesus. É uma ideia de Deus, não nossa e, por isso, envolve o Seu poder e a Sua presença (Mt. 28.18-20). Para que exista uma relação de discipulador e discípulo, é essencial que haja um trabalho colaborativo com o Senhor.
É Deus quem causa o crescimento
Ainda pensando no sentido de trabalhar com Deus, precisamos ter a noção de que, assim como o apóstolo Paulo diz em 1 Coríntios 3.5-9, é Ele quem faz as pessoas crescerem. Conforme compartilhamos a Palavra com aqueles a quem acompanhamos em uma relação de discipulado, somos como quem planta ou rega uma semente. Trabalhamos em conjunto com o que o Espírito Santo já está fazendo naquela vida.
Nesse processo, é muito importante que estejamos sensíveis à voz do Espírito Santo para entender onde as pessoas estão em seu crescimento espiritual, o que já têm – ou não – maturidade para ouvir e entender. Também precisamos criar uma atmosfera de crescimento, orando sempre e formando um relacionamento saudável.
É um relacionamento com propósito
O discipulador é responsável por compartilhar as verdades da Palavra através de uma plataforma relacional de confiança e vulnerabilidade. Não podemos ser melhores amigos de todo mundo ou nos envolver emocionalmente com todas as situações trazidas a nós. Por isso, não tem como querermos abraçar o mundo e discipular milhares de pessoas, precisamos pedir a ajuda do Espírito Santo e ser intencionais, nos relacionarmos com um propósito.
Há um compromisso mútuo em um relacionamento de discipulado em que o discipulador traz investimento intencional. É como alimentar uma criança, por exemplo. Há fases em que recebem apenas leite; depois, vem a comida sólida e, só então, carne. No livro de Hebreus, vemos que muitos precisavam de “leite” mesmo quando já estavam prontos para receber “comida sólida” (Hb. 5.12). O objetivo é todos, eventualmente, possam ensinar outros.
Tem a ver com formar Cristo
Por fim, diferente de um mentoreamento, que tem a ver com aconselhamento em áreas específicas, discipulado envolve formar Cristo em outra pessoa. O propósito desse processo é que aqueles a quem discipulamos se tornem cristãos fortes e frutíferos, cada vez mais parecidos com Jesus, para que possam também ir e ensinar outros (2Tm. 2.2).
Isso não pode sair da nossa mente quando alguém nos pede para ser discipulado. Todo o propósito desse relacionamento intencional é que Cristo possa ser formado e outras pessoas possam ser alcançadas pelo Evangelho e, também, se tornem discípulos cheios de frutos.
Mentoreamento X discipulado
Mentores aconselham e influenciam aqueles a quem oferecem ajuda. Podem se encontrar intencionalmente ou, até mesmo, compartilhar a Palavra, mas isso não é uma regra. Um discipulador, por outro lado, investe intencional e espiritualmente na vida dos discípulos. Há um compromisso mútuo de compartilhar a Palavra, orações e os altos e baixos da vida, crendo que Deus vai trazer crescimento e força.
É Deus quem lidera, dá suporte e traz o crescimento que transforma. Nosso objetivo como fazedores de discípulos fica claro em Colossenses 1.28: apresentar “todo homem perfeito em Cristo”.
Tenha a ideia de discipulado clara em sua mente e em seu coração. Esse é o chamado que o Senhor Jesus nos deixou, é o trabalho a que temos que nos dedicar todos os dias das nossas vidas. O mentoreamento e muito importante, mas não pode substituir nossa função como fazedores de discípulos, como aqueles que investem em fazer com que as pessoas que se achegam a nós se tornem cada vez mais parecidas com Cristo.
Dana Yeakley
Quer contar com ferramentas especiais para investir no crescimento dos seus discípulos?
Tags em
Pesquisar
Posts Recentes
Conversas Pastorais
Tags
Quando pensamos em relacionamento, logo imaginamos algo como uma aliança, um elo de conexão.
⠀
A Conferência Ministerial #C20 já tem data e tema confirmados, e você pode fazer as inscrições HOJE mesmo!
⠀
👉Será de 30 DE ABRIL A 02 DE MAIO!
⠀
☑Clique no link na bio e faça sua inscrição! AS VAGAS SÃO MUITO LIMITADAS!
⠀
2020 é o ano de TRANSFORMAR seus RELACIONAMENTOS! 😉
⠀
#celebrandoosrelacionamentos #comuna #igrejafamilia #redecomuna ...