O tempo gasto em oração não é perdido, mas investido em grandes lucros espirituais.

Orar é o maior privilégio do cristão, pois a oração nos co­loca em contato direto com nosso Deus, que é Todo-Po­deroso, Criador dos céus e da terra. Por isso, quanto mais contato tivermos com Ele através desse hábito, maiores serão os grandes benefícios que obteremos para a nossa vida. 

Em Mateus 6.9-13, Jesus nos deixou um modelo e nos ensinou que a oração é um diálogo com o Pai celestial. O exemplo de Cristo nos serve como esboço, como esqueleto dos elementos que nossa oração deve ter: proximidade ( “Pai nosso…”) , adoração (“santificado seja Teu nome … “), dependência (“seja feita a Tua vontade … “), arrependimento (“perdoa-nos assim como nós perdoamos … “), etc. Não para apenas repetir, nós não pensamos que por muito falar seremos ouvidos (Mt. 6. 7), isso seria uma reza, um mantra. Mas para que nossa boca de­clare a sede e a fome que sentimos do amor do nosso Pai. Ele quer nos ouvir e atender. 

Já ouvi várias vezes a pergunta: ”Mas se Deus sabe de todas as coisas, por que devemos orar?”. A resposta é simples. Oramos porque podemos desfrutar da presença e do poder de Deus nesse momento tão rico e pessoal. Oramos porque um coração que­brantado não teme abrir sua boca, com humildade, para revelar uma total dependência do Senhor. Essa atitude atrai a glória de Deus para nossa vida. Não é possível ter vitória na oração en­quanto a consciência estiver presa a algum pecado. A confissão produzirá o perdão e a bênção de Deus. “Deus resiste aos so­berbos, contudo, aos humildes concede a Sua graça” (lPe. 5.5). 

No capítulo 4, versículo 2, do livro de Tiago está escrito: “Nada tendes, porque não pedis”. Essas palavras contêm o segredo da pobreza espiritual e da falta de poder do cristão: a negligência em orar. É um grande alerta para nossa vida! Não podemos ser negligentes e abandonar a prática de um hábito tão nobre. A oração é um meio de obtenção de graça em tem­pos de necessidades. E não estamos, por acaso, num tempo de extrema necessidade?

Agora, o que acontece quando oramos com constância e per­sistência? Veja que a oração:

Seja insistente e incansável. Por causa da nossa ousadia, Deus se levantará e nos dará o que necessitamos (Lc. 11.8).  A oração em nome de Jesus Cristo é o caminho que Ele mes­mo indicou a Seus discípulos para obterem a plenitude em Sua obra: “Até agora nada tendes pedido em Meu nome; pedi e re­cebereis, para que a vossa alegria seja completa” (Jo. 16.24). 

O tempo gasto em oração não é perdido, mas investido em grandes lucros espirituais. Uma noite de joelhos irá nos pou­par de muitas noites de insônia. É o meio indicado por Jesus para que nosso coração não fique sobrecarregado com excessos, ansiedade e cuidados desta vida e para que o dia da volta de Cristo não venha sobre nós re­pentinamente, como um laço (Lc. 21.34-36). Só há um meio de nos prepararmos para a vinda do Senhor, e é através de muita oração.

Os apóstolos consideravam a oração a coisa mais importante em suas vidas (At. 6.3-4), e nós devemos fazer o mesmo. Assim, nossas de­cisões estarão governadas pelo Espírito Santo; nossa vida espiritual alcançará um patamar aci­ma da mediocridade; nossas atitudes se traduzi­rão em um transbordar de amor e misericórdia pelo próximo; e a igreja será o poderoso instru­mento nas mãos de Deus para que o Reino dele se manifesta aqui e agora. Vamos juntos ter uma fervorosa e contagiante vida de oração.

Carlos Alberto Bezerra