A vida cristã nunca deve ser vivida sozinha, e posição não é sinônimo de maturidade! O cristianismo é uma jornada constante com Cristo e com sua comunidade de fé, e por isso a supervisão de serviço, amor e ensino sempre irá criar o ambiente ideal para a multiplicação!

Quando se trata de liderar uma igreja em células, precisamos ficar atentos para que paradigmas antigos não travem o crescimento e a saúde das células. Um desses paradigmas é que se alguém se tornou líder é porque atingiu maturidade em sua fé e, portanto, não precisa de muita supervisão. Isto realmente não é verdade em uma igreja em células. Tornar-se um líder é somente um dos passos no processo de tornar-se um seguidor de Jesus absolutamente comprometido.

A maturidade não pode simplesmente ser injetada em doses concentradas. Ela é o fruto do desenvolvimento da intimidade com Jesus, o que requer tempo. Em outras palavras, líderes estão em um projeto em andamento constantemente.

Já vimos diversas vezes e comprovamos que tornar-se um líder coloca a pessoa em uma posição de grandes desafios e demandas, e a consequência disso é um crescimento rápido na fé. O líder lê mais a Bíblia e também outros livros, sobre vários assuntos à medida que sente a necessidade para isso, além de envolver-se em seminários e palestras em todos os temas disponíveis.

Um líder normalmente passa mais tempo a sós com Deus, ora e jejua mais, afinal de contas, é com Ele que o líder precisa contar. Mesmo assim, não podemos deixá-los sozinhos e esperar pelos melhores resultados. 

Um princípio fundamental para um supervisor é que ele precisa entender as pessoas que estará supervisionando:

Precisamos estar atentos à sua personalidade, estilos de aprendizagem e um pouco da jornada que os trouxe até onde estão neste momento.

Isso significa uma abordagem relacional, incluindo perceber, observar, ouvir e compreender a pessoa que eles irão supervisionar. A supervisão eficaz incluirá a identificação de áreas de força e fraqueza, relacionando-se em um nível pessoal e levando o líder ao próximo passo. A supervisão não é uma fórmula, mas um relacionamento desenvolvido.

Levantar pessoas para a liderança na igreja em células é como colocá-los em “estufas”, para seu crescimento como cristãos maduros. Os grupos de supervisão são como “estufas” em fazendas bem organizadas e produtivas. Lá as pessoas fazem parte de um time de líderes de células, aprendendo e apoiando uns aos outros em seus desafios. Cada time é liderado neste processo pelo seu supervisor, promovendo seu crescimento. Os líderes estão assim em um ambiente seguro para crescer mais rapidamente e mais intensamente.

Modelar a supervisão para outros permite que o supervisor diga como Paulo: “Sejam meus imitadores como eu sou de Cristo”. (1 Coríntios 11:1) Isso incentivará uma visão positiva do papel vital da supervisão, para que outros possam continuar o processo de supervisão, o que, por sua vez, leva a uma multiplicação saudável do grupo de células.


Sem a estrutura de supervisão, os líderes não terão o apoio, a orientação ou mesmo o alinhamento com a igreja, e precisarão de tudo isso quando forem pressionados pelos desafios próprios da liderança. Sem a supervisão, cada um faz o seu melhor, mas os resultados serão os mais diversos e a igreja como um todo estará em risco.

Uma fazenda que abandona suas estufas à sua própria sorte dificilmente será uma fazenda forte e impactante. Assim também acontecerá com uma igreja em células com uma fraca supervisão. Nunca, nunca subestime a importância da supervisão nas igrejas em células.

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