As músicas que escolhemos cantar em nossas igrejas locais revela muito sobre a quem adoramos

Quando cantamos louvores a Deus nossa alma se satisfaz, transbordamos de alegria e nossa esperança se refaz. Quando contemplamos a Deus em adoração somos transformados, Sua beleza e santidade nos convidam ao arrependimento e Sua luz ilumina nossas trevas. Mas, o que muitos de nós, cristãos, temos ouvido e até cantado em nossas igrejas atualmente se distancia dessa realidade. David Wilkerson, certa vez, demonstrou-se cansado da música que faz os jovens pularem ao invés de dobrarem seus joelhos.

Ouvi uma frase recentemente dizendo que as pessoas estão buscando entretenimento na igreja e a Palavra de Deus nos cinemas. Algo de errado está acontecendo e isso diz respeito a nós, Igreja de Jesus. Temos realmente adorado ao Cristo? Será que estamos contemplando Jesus como deveríamos? A Palavra nos ensina que Belém deve ser a Casa do Pão. E onde a Palavra, o Cristo, for revelado, os joelhos se dobrarão naturalmente.

Donald. P. Hustad, em seu livro “A música na Igreja”, diz que a “música cristã oferece sua contribuição mais significativa quando serve como veículo eficiente de revelação e reação”. Deus se revelou aos seres humanos e os convida a reagir a essa revelação. Nossas reuniões de adoração, comunhão e evangelização (com sua música) podem ser julgadas pela medida em que o verdadeiro Deus é revelado clara e plenamente e pela medida e maturidade da reação do povo”.

Logo, uma música que apresenta Jesus, Seus atributos e Sua obra, inspira o nosso coração à adoração. Infelizmente, grande parte das músicas cantadas nas igrejas tem o homem no papel principal e Jesus como o ator coadjuvante. E se o homem está no centro e Jesus trabalhando em seu favor, onde está o senhorio de Cristo? Que tipo de inspiração essas canções têm gerado?

Um repertório cheio de Jesus

As letras das músicas que cantamos têm enorme relevância em nossa vida espiritual. O que ouvimos influencia diretamente no que somos. Composições com conteúdo equivocado produzem cristãos equivocados. Composições centradas na Palavra de Deus promovem ensino e maturidade espiritual. As Escrituras mostram que uma das funções da música na igreja primitiva era doutrinar e ensinar os cristãos:

“A palavra de Cristo habite ricamente em vós, em toda a sabedoria; ensinai e aconselhai uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão no coração” (Cl 3.16).

Não há outra saída, nossas músicas precisam ter Jesus e Sua obra como tema principal. Isso não somente nos doutrina, mas também nos inspira a adoração. Como diz John Piper, “a essência interior e verdadeira da adoração é satisfazer-se em Cristo, apreciá-lo, estimá-lo e considerá-lo o tesouro”. É mesmo incrível o que uma música inspirada em Cristo pode fazer no coração do homem. Posso testemunhar sobre isso quando ouvi pela primeira vez a canção “In Christ Alone” (Keith Getty e Stuart Townend), pois fui profundamente inspirada. Alguns de seus versos dizem o seguinte:

“Só em Cristo posso confiar, é minha força, luz, canção. Lugar seguro nele achei, rocha que não se abala. Na cruz Jesus, sim, padeceu, divino plano obedeceu. Por meu pecado a dor sentiu, por Sua morte eu vivo. Seu corpo inerte ali ficou, luz que ante as trevas se apagou. Glorioso dia então surgiu, vivo Ele está, ressuscitou. Vitória eterna conquistou, do meu pecado livre estou. De Deus eu sou e Ele é meu, comprou-me com o sangue de Jesus.”

Precisamos cantar sobre Jesus!

Ele é o centro, Ele é a razão! Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Quando cantamos sobre Jesus e Sua obra, nossos olhos se voltam a Ele e assim O contemplamos. Nosso coração se prostra, nossa alma se rende e nossa vida se transforma. Quando cantamos as Escrituras crescemos em fé, somos renovados e podemos fortalecer a outros.

Que seja assim em nossa vida e em nosso culto. Pular pode ser sim uma forma de expressão em muitos de nossos momentos de louvor, mas que prostrar o coração, a vida e o corpo ao Senhor Jesus seja o nosso ato mais comum, consequência da verdade da Palavra de Deus em nossas canções.

“O mundo pode ser salvo por uma coisa: a adoração. Sim, pois adorar é despertar a consciência pela santidade de Deus, alimentar a mente com a verdade de Deus, purificar a imaginação pela beleza de Deus, abrir o coração para o amor de Deus, devotar a vontade ao propósito de Deus”.

William Temple

Que possamos louvar a Jesus, somente a Ele!

Rachel Novaes

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