Entenda o que a Palavra diz sobre o casamento e por que ter clareza sobre isso é tão importante

A crise que vive nossa geração está especificamente centrada nos lares. Assim como o primeiro pecado foi cometido dentro da família e atentou contra ela (Gênesis 3.6), também em nossos dias a maioria dos pecados se cometem no seio familiar investindo contra esta instituição divina.

Nos lares, as tensões, contendas, discussões, brigas, gritos, ofensas, ressentimentos, amarguras e até separações são constantes. A família tem sido o alvo dos ataques de Satanás com a finalidade de destruí-la. A deterioração dos valores tradicionais, o aumento dos conflitos familiares e o número crescente de divórcios atingem proporção alarmante.

A causa destes problemas é que a ordem de Deus tem sido ignorada, abandonada e substituída por critérios humanos.

Família: a base da sociedade

Por meio de Jesus Cristo, Deus se propõe a abençoar todas as famílias da terra, cumprindo assim a antiga promessa feita a Abraão: “E vocês são herdeiros dos profetas e da aliança que Deus fez com os seus antepassados. Ele disse a Abraão: ‘Por meio da sua descendência todas as famílias da terra serão abençoadas’. Tendo Deus ressuscitado o seu Servo, enviou-o primeiramente a vocês, para abençoá-los, convertendo cada um de vocês das suas maldades” (At. 3.25-26).

A família, criação de Deus, é a comunidade primária da raça humana, e se constitui através da união do homem com sua mulher. A família antecede qualquer instituição, povo ou nação. Foi a célula primogênita da sociedade humana. Séculos são passados, mas os homens seguem integrando-se em famílias; por isso dizemos que a família é o núcleo básico da sociedade.

Deus é o criador da família, e como tal, é o ÚNICO que tem autoridade e direito para decidir o que é família, para que existe e como deve funcionar.

A família só pode viver e desenvolver-se normalmente se conta com a presença e a bênção de Deus.

“Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção. Se não é o Senhor que vigia a cidade, será inútil a sentinela montar guarda.” Salmo 127.1

O propósito divino

Precisamos, mais do que nunca, conhecer o propósito divino para o casamento. Gênesis é o livro dos modelos, e se quisermos saber como deve ser agora, precisamos voltar ao princípio, como foi idealizado segundo o plano original de Deus:

“Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; o homem e mulher os criou. Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.” Gênesis 1.27-28

O Dr. Howard Hendricks, professor de educação cristã no Dallas Theological Seminary, mostra que essa passagem revela três propósitos de Deus para o casamento:

1.   Refletir a Sua imagem

O matrimônio foi a primeira escolha de Deus para a humanidade; o veículo preferido para mostrar Seu caráter e amor diante de toda a criação. O matrimônio também representa Cristo em relação à Igreja (Efésios 5.22-32). Marido e mulher mostram ao mundo que, apesar de suas imperfeições, fraquezas e diferenças de personalidade, duas pessoas podem, por causa do amor de Deus, amar-se e viver juntas, refletindo assim a imagem de Deus.

2.   Reproduzir herdeiros tementes a Deus (Ml. 2.15)

O propósito é levar os filhos a tornarem-se como Cristo, e não somente desfrutar deles (Rm. 8.29). Os pais devem assumir a responsabilidade de ensinar a seus filhos sobre Jesus, e levá-los a experimentar, de forma pessoal, a obra regeneradora do Calvário,

tornando-se novas criaturas (João 3.3-7). Somente assim reproduzirão uma descendência piedosa para Deus.

3.   Governo do homem sobre a criação

Governar é exercer autoridade, e esta só é possível para casais que vivem debaixo do governo de Cristo. Quando entramos no Reino de Deus, a autoridade sobre nós é Cristo, a quem obedecemos e por meio de quem exercemos autoridade espiritual (Rm. 5.17). Deus é, portanto, o criador do matrimônio e da família, instituindo-os com um propósito determinado segundo a Sua soberana vontade (Ef. 1.1; Sl. 68.5-6). Tudo o que fizermos será para ver cumprido entre os homens o Seu eterno projeto (Ef. 1.4-5; Rm. 8.29).

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