Descubra a importância de ajudar aqueles a quem você lidera a serem movidos pelo Senhor

Cada membro da sua igreja-local é movido por algo, e você precisa descobrir quais são essas forças para discipular melhor aqueles que estão sob seus cuidados. Em última análise, a ideia é guiar cada um a ser movido pela agenda de Deus — viver uma vida com propósito.

A maioria dos dicionários define o verbo “mover” como “guiar, controlar ou dirigir”. Pensando nisso, na igreja há pessoas movidas por um problema, uma pressão ou um prazo, e outras movidas por uma lembrança dolorosa, um medo persistente ou uma crença inconsciente.

Existem centenas de circunstâncias, valores e emoções que movem a vida das pessoas –  e entender o que as motiva é a chave para alcançá-las.

Aqui estão cinco motivações comuns que as pessoas costumam carregar e que precisamos conhecer para investir em um discipulado bem-sucedido:

Muitos passam a vida inteira fugindo de arrependimentos ou escondendo sua vergonha. Pessoas movidas pela culpa são manipuladas por suas memórias. Elas permitem que o passado controle seu futuro, acreditando que seus erros são maiores que Deus. Muitas vezes, inconscientemente, punem a si mesmas sabotando seu próprio sucesso. Quando Caim pecou, sua culpa o desconectou da presença de Deus, e o Senhor disse: “E, de agora em diante, você não terá um lar e andará sem rumo pela terra” (Gn. 4.12 NVT). Isso descreve a maioria das pessoas hoje — vagando pela vida sem um propósito.

Elas guardam suas mágoas e nunca as superam. Ao invés de liberar a dor através do perdão, repetem-na continuamente em suas mentes. Algumas pessoas movidas pelo ressentimento “se fecham” e internalizam sua raiva, enquanto outras “explodem”. Ambas as respostas são prejudiciais e inúteis. O ressentimento sempre te machuca mais do que a pessoa de quem você se ressente. Enquanto o ofensor esqueceu provavelmente a ofensa e seguiu com a vida, você continua remoendo sua dor, perpetuando o passado.

Esses medos podem ser resultado de uma experiência traumática, expectativas irreais, crescer em um lar de controle rígido ou até predisposição genética. Independentemente da causa, as pessoas movidas pelo medo frequentemente perdem grandes oportunidades, porque têm medo de se arriscar. Ao invés disso, elas jogam pelo seguro, evitando riscos e tentando manter o status quo.

O desejo de adquirir se torna o objetivo principal de suas vidas. Esse impulso de sempre querer mais se baseia na ideia equivocada de que ter mais me fará “mais feliz”, mais importante e mais seguro – mas as três ideias são falsas. Posses só oferecem felicidade temporária. Como as coisas não mudam, acabamos nos entediando com elas e então queremos uma versão nova, maior e melhor.

Elas permitem que as expectativas de pais, cônjuges, filhos, professores ou amigos controlem suas vidas. Muitos adultos ainda tentam conquistar a aprovação de pais difíceis de agradar. Outros são movidos pela pressão dos colegas, sempre preocupados com o que os outros podem pensar. Infelizmente, quem segue a multidão geralmente se perde nela. Eu não sei todas as chaves para o sucesso, mas uma chave para o fracasso é tentar agradar a todos. Ser controlado pelas opiniões dos outros é uma maneira garantida de perder os propósitos de Deus para sua vida.

Existem outras forças que podem motivar a vida das pessoas, mas todas levam ao mesmo beco sem saída: potencial não utilizado, estresse desnecessário e uma vida não realizada.

Compreender essas forças o ajudará a olhar além das ações que o frustram para ver a verdadeira necessidade na vida daqueles que são liderados por você. Muitos dos problemas que eles enfrentam — e que você enfrentará como líder — são causados por outras pessoas que também têm sido movidas pelas coisas erradas. Precisamos olhar com amor, além dos problemas e chamar cada membro da igreja a alcançar a plenitude para a qual Deus os moldou.

Como pastor e líder, um dos maiores presentes que você pode oferecer é mostrar às pessoas como viver vidas guiadas, controladas e dirigidas por Deus. Nada é mais importante do que conhecer os propósitos de Deus para sua vida, e nada pode compensar a perda de não conhecê-los — nem sucesso, nem riqueza, nem fama ou prazer.

Sem propósito, a vida é movimento sem significado, atividade sem direção e eventos sem razão. Na Bíblia, várias pessoas expressaram essa desesperança. Isaías reclamou: “Mas meu trabalho parece tão inútil! Esforcei-me em vão, sem propósito algum” (Is. 49.4 NVT). Jó disse: “Meus dias correm mais depressa que a lançadeira de um tecelão

e terminam sem esperança” (Jó 7.6 NVT) e “sinto desprezo pela minha vida! Não vou viver para sempre; deixa-me, pois os meus dias não têm sentido” (Jó 7.16 NVI).

A maior tragédia não é a morte, mas uma vida sem propósito.