— Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro deu dois e a outro deu um, de acordo com a capacidade de cada um deles; e então partiu. O servo que tinha recebido cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que tinha recebido dois ganhou outros dois. Mas o servo que tinha recebido um talento, saindo, fez um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Mateus 25,14-18

A parábola revela, na relação entre o Senhor e os servos, uma proximidade que vai para além da mera relação de dependência e de autoridade, trata-se de uma relação afetiva. O Senhor confia-lhes todos os seus bens. O que se espera é que eles mereçam a confiança que a amizade que os une requer. A cada um é entregue o suficiente e necessário para poder cumprir a sua missão, de modo que não reclame pelo peso da responsabilidade nem pela falta de confiança.

De seguida refere-se o contraste na atitude dos servos. Dois deles lançam-se no trabalho e obtêm êxito duplicando o valor recebido. O outro nada faz e nada obtém. Os dois primeiros trabalham intensamente porque não sabem quando o Senhor regressa e querem, em pouco tempo, apresentar contas positivas ao seu Senhor. O outro, acomoda-se na ideia de que o Senhor tarda e julga ter muito tempo, alguma desculpa há de encontrar no final. Este tempo de espera é incerto, mas é longo, segundo a afirmação de Mateus “muito tempo depois”.

Com a chegada do Senhor começa a ação central da parábola, a prestação de contas. Os dois primeiros são rapidamente despachados, enquanto o Senhor se demora na análise àquele que nada fez e nada tem para apresentar. A sua atitude não corresponde ao que é esperado de um servo bom e fiel e, por isso, o castigo é doloroso. Enquanto os outros entram na alegria do seu Senhor, o servo “mau e preguiçoso” é lançado “às trevas exteriores.

Assim como a parábola das dez virgens, que termina com o julgamento das cinco insensatas: “Não vos conheço” (Mt 25, 12); nesta reflexão, vemos a parábola dos talentos, na qual o servo mau e preguiçoso é jogado na escuridão, onde “haverá choro e ranger de dentes” (Mt 25, 30); no contexto a seguir iremos ouvir o juiz e pastor sentado no trono dizendo aos condenados: “Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno” (Mt 25, 41).

São parábolas de encontro definitivo, de julgamento; portanto, o que Jesus, no seu infinito amor para conosco, está querendo nos ensinar com elas é o que devemos fazer para evitar a condenação eterna. Na parábola das Dez virgens, vimos que não adianta só fazer boas obras. Precisamos do amor. As lâmpadas que brilham simbolizam as boas obras, mas falta ter óleo dentro da vasilha, ou seja, amor no coração e nas intenções. Agora, com a parábola dos talentos, Nosso Senhor diz que é preciso multiplicar essa caridade.

Esta parábola convida também à diligência e à fidelidade, enquanto se consuma o tempo do juízo de Deus. Pelo contexto pode-se afirmar que o ponto de tensão da parábola está na cena de prestação de contas, e de maneira especial na conduta do servo demasiadamente precavido. Jesus denuncia a inconsequência dos que recebem a mensagem do Reino e depois querem se refugiar em uma segurança estéril. Os discípulos de Jesus têm de fazer frutificar os bens do reino durante o tempo que se lhes concede. Este é para Mateus o “tempo da Igreja”. Aquele que não faz frutificar os dons recebidos, mesmo que seja sob o pretexto de colocá-los em lugar seguro, no fim termina por perder tudo. De igual maneira, a comunidade eclesial deve estar aberta e vigilante para não cair na comodidade e na rotina.

Eis o significado dos talentos que nos são entregues. Um talento é uma grande quantidade de ouro (cerca de 30 kg), e cada um dos servos recebe uma porção diferenciada, conforme a sua capacidade. No final, o senhor, que é Deus, repreende o servo que não multiplicou a soma recebida: “Servo mau e preguiçoso”.

Nesta meditação, vamos refletir também a respeito dos adjetivos, usados de forma tão dura contra o servo, ‘mau’ (πονηρός) e ‘preguiçoso’ (ὀκνηρός). Que querem dizer?

Primeiro, a questão da preguiça. Poderíamos dizer que esse servo sofre de uma doença muito comum, especialmente nos nossos dias: ele não quer pagar o preço do amor. O que é um preguiçoso? Alguém que se deixa levar pelos sentidos, pelas sensações, agradáveis ou desagradáveis. É, numa palavra, quem se comporta como um animal. Por quê? Na vida há escolhas: “Que vou fazer? Trabalhar ou ficar deitado no sofá?” Que é mais agradável aos sentidos? Passar o dia no sofá comendo pipoca. “Trabalho? Trabalho faz sofrer…”. Como dizem ironicamente os italianos, “lavorare fa male, male fa morire” — “trabalhar faz mal, e o mal faz morrer”.

O preguiçoso escolhe apenas sensações agradáveis. Assistir à série num Streaming (é a tecnologia de transmissão de conteúdo online que nos permite consumir filmes, séries e músicas) ou orar, meditar, refletir acerca dos desafios e encontrar meios pela graça de Deus para enfrentá-los? Sacrificar-se por uma pessoa a quem se ama ou “ficar na sua”? “Ah, ficar na minha é mais agradável”. Essa pessoa fica sempre fazendo escolhas sensuais. Ora, escolha sensual, na prática, é o que se chama de escolha animal. Sim, nós também somos animais. O problema é que nós não somos só animais. Temos alma, e é exatamente ela o que nos torna capazes de amar.

Pois bem, qual é a lei do animal ou a lei do cérebro? “Foge da dor, busca prazer”. É o que acontece com as pessoas sensuais, preguiçosas. O preguiçoso busca o prazer. O preguiçoso faz escolhas meramente sensuais. É escravo da realidade animal. Consequência? Alguém assim não ama. Pode até achar que ama, como os animais, porque têm sensações agradáveis; mas isso não é amor. É simples estímulo cerebral, agradável, prazeroso. É pura gratificação cerebral.

A verdade é que só ama quem está disposto a sofrer pelo outro. Pense na pessoa que você tem certeza de que amou você. Essa pessoa certamente sofreu por você. Se, portanto, você nunca sofreu por ninguém, você nunca amou ninguém. Isso é evidente.

O que são, afinal, os talentos entregues aos servos antes de o patrão viajar? O dom gratuito do amor. Agora é dever deles fazê-lo render. Mas como multiplicar o amor, como progredir espiritualmente? Não há outro meio senão fugir da lógica preguiçosa do cérebro. Como? Aqui vem o outro adjetivo usado por Jesus contra o preguiçoso: “Servo mau”. Ser mau, aqui, é não enxergar o amor com que se foi amado, gratidão que se deveria ter e, por conseguinte, o quanto se deveria retribuir, agradecer, multiplicar…

Então, a primeira coisa que se deve fazer para multiplicar o amor que recebemos de Jesus é ter reconhecimento e gratidão. Para isso, é preciso oração. Precisamos orar e receber de Deus cada vez mais inspirações para, nas nossas obras do dia a dia, podermos fazer com que esses talentos do amor cresçam dentro de nós.

Saiamos agora da teoria e vamos para a prática. Como se faz para ser uma pessoa que ama mais, ou seja, que vai se tornando mais santa porque está crescendo no amor?

Se você for observar sua realidade, você tem dois tempos na sua vida. Há tempos ou momentos da vida em que predomina a ação: o fazer alguma coisa, um trabalho, um jogo ou outras atividades que consideramos relevantes. Mas ninguém age o tempo todo. Há momentos da vida em que aquilo que predomina não é a ação, mas a imaginação. São momentos em que pensamos no que iremos fazer, pensamos em projetos, pensamos na vida em geral. A imaginação às vezes pode ser virtuosa, às vezes viciosa. Seja como for, na vida, sempre se alternam momentos de ação e momentos de imaginação.

Ora, os momentos de imaginação são aqueles em que, se não estivermos nos recordando da bondade de Deus, acabaremos, arrastados pelas paixões, tomando decisões sensuais, como as do servo mau e preguiçoso. Por quê? Porque temos duas memórias. A primeira é a memória que também os animais têm. Um cachorro se lembra, por exemplo, de quem é o seu dono. Essa memória chama-se sensorial. Poderíamos dizer que é a memória cerebral, sempre acompanhada de certo conteúdo de emoções, paixões, sentimentos e assim por diante. São lembranças que, pelo próprio conteúdo, geram tristeza, alegria e raiva. No entanto, quem se deixa levar pela memória das paixões, será escravo delas e nunca poderá amar. Os sentimentos são contraditórios: não servem para conduzir a vida; ao contrário, fazem-nos viver arrastados de um lado para o outro, como ondas no mar.

Mas existe outra memória. É a da alma, ou memória espiritual, que lembra verdades, as verdades da fé, sobrenaturais. Suponhamos que você esteja passando por um momento difícil na família: o seu cônjuge caiu em adultério. Ora, se você ativar unicamente a memória passional, o que vai acontecer? Tristeza, raiva; vontade de se vingar, vontade de pedir divórcio, vontade de desistir; desânimo, falta de esperança etc. Todas essas coisas podem nos assaltar, jogando-nos de um lado para o outro. Você não sabe se continua seu casamento; se pede divórcio; se permanece fiel; se perdoa; se não perdoa… São lembranças nascidas de sentimentos. Qualquer animal pode tê-las, justamente por serem passionais.

Mas se, no meio do mar agitado das paixões, você se lembrar do quanto Jesus lhe perdoou, recordará uma verdade que nos torna capazes de ir, aos poucos, entendendo o quanto precisamos, por gratidão a Jesus, perdoar também. Trata-se de uma memória que ativa verdades espirituais. Então, a pergunta que nos devemos fazer no dia a dia é: “O que em mim está mais ativo, a memória passional (dos sentimentos, dos afetos), que me arrasta de um lado para o outro, ou a verdade de Cristo?”

Na parábola desta reflexão, dois servos foram bons e fiéis, porque, mesmo na ausência do patrão, eles recordavam continuamente a verdade e a bondade dele. Certamente sentiram, a certa altura, o peso, o cansaço, a dificuldade de fazer render os talentos. Mas foram fiéis, porque tinham sempre presente à memória a generosidade e a confiança do patrão.

O servo mau e preguiçoso, por sua vez, nada recordou; ao contrário, deixou-se arrastar pelas paixões, pela lembrança dos próprios sentimentos, por medo ao patrão, como se ele fosse uma pessoa dura. No Evangelho, em momento algum o patrão comporta-se com dureza. Ele não foi duro, mas generoso. O servo mau, porém, não conseguia tirar da cabeça seus próprios sentimentos. Só se lembrava da preguiça, que o conduzia a não fazer render aquele talento. Só se lembrava de seus sentimentos malucos.

Eis, então, como a vida tem momentos de ação e momentos de imaginação. Os de imaginação são decisivos. O servo mau e preguiçoso se deixou levar pela imaginação passional, recordando-se de seus medos, enquanto o servo bom e fiel se deixou levar pela verdade luminosa de que o patrão era muito bom e de que valia a pena ser fiel a ele.

Concretamente, a pergunta é: “O que você está recordando o tempo todo?” Você, ao ser invadido por um sentimento, tem de dizer: “Chega! Esse sentimento não é a verdade, mas apenas uma sensação cerebral. A verdade é o que a alma enxerga”, e então poderá se lembrar do grande amor com que foi amado. Nos tempos de ação, cabe-nos fazer o quê? Amar Jesus concretamente no próximo, sobretudo nos momentos difíceis, quando tudo parece pesado, nos momentos em que dá vontade de desistir. Nós poderemos agir bem, porque teremos memoria Dei, lembrança de Deus.

O patrão viajou, sim; mas não se esqueça dele, senão você terminará como o servo mau e preguiçoso. Se você se deixar atingir pela memória das sensações, irá se comportar como um animal irracional, que não ama. O animal é conduzido ou pela atração do prazer ou pela fuga do chicote. É um verdadeiro escravo. Mas, se você se deixar conduzir pela verdade luminosa do grande Amor que nos amou, um dia irá ouvir de Jesus: “Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria” (Mt 25, 23).

Essa realidade da diligência e fidelidade movidas pelas verdades luminosas, permeia toda a Escritura. Em Provérbios vemos a mulher virtuosa: “Quem encontrará uma mulher virtuosa? Ela é mais preciosa que rubis. O marido tem plena confiança nela e ela lhe enriquecerá a vida grandemente. Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias de sua vida… Estende a mão para ajudar os pobres e abre os braços para os necessitados… Os encantos são enganosos, e a beleza não dura para sempre, mas a mulher que teme o Senhor será elogiada” Pv 31, 10-12.20.30.

A pergunta inicial não pretende transmitir a ideia de que é difícil encontrar uma mulher virtuosa, mas pelo contrário, afirmar que é uma bênção de Deus toda a mulher que tem esta conduta. Depois descreve os atributos desta mulher: levanta-se cedo, alimenta a família, distribui os trabalhos da casa, trabalha alegremente, obtém a lã e o linho, maneja a roca e o fuso, fabrica roupa para a família e para vender, é generosa com os pobres e teme o Senhor. Com isso, dá ao marido bem-estar e ele concede-lhe a sua confiança. Esta mulher vale mais que as pérolas.

O salmista também enfatiza estas virtudes: Como é feliz aquele que teme o Senhor, que anda em seus caminhos! Ele desfrutará o fruto de seu trabalho; será feliz e próspero (Sl 128,1.2). No salmo fala-se do homem que teme o Senhor, ou seja, que move-se pela fé e não pelos sentidos. Este é feliz, bem-aventurado, porque obedece em tudo ao Senhor e anda nos seus caminhos. Um homem que vive assim diante de Deus é abençoado e são abençoados todos os seus projetos. A sua família, o seu trabalho e a sua vida são sinal desta bênção. A esposa é fecunda, os filhos são felizes, o trabalho dá fruto e tem vida longa.

“Vocês sabem muito bem que o dia do Senhor virá inesperadamente, como ladrão à noite … a respeito dessas coisas e não devem se surpreender quando o dia do Senhor vier como ladrão. Porque todos vocês são filhos da luz e do dia … Permaneçam atentos e sejam sóbrios” (1Ts 5,2-6).

Paulo compara o momento da vinda do Senhor com a hora do parto da mulher que vai dar à luz e com a chegada do ladrão. Ninguém pode descansar porque quando menos espera vem o Senhor. Paulo entende que a vinda do Senhor está para breve, mas é preciso vigiar, estar atento, para não ser apanhado de surpresa. Paulo faz contrastar a atitude do cristão e a dos “outros”. O cristão anda na luz, é filho da luz e do dia, não se deixa dormir, nem se embriaga. Os outros, andam de noite, pertencem à noite e às trevas, vivem a dormir e embriagados.

Na mulher virtuosa podemos ver a Igreja, esposa de Cristo, cujo valor não está na beleza que os olhos humanos podem apreciar, mas nos dons com que foi presenteada por Deus, colocados ao serviço dos seus filhos e dos pobres que batem à porta. É nesta atitude de colocar os dons a render que a Igreja revela o rosto feliz de Deus, por uma tal esposa escolhida para gerir a salvação prometida desde a criação e realizada no mistério da Páscoa de Cristo, o esposo.

No homem abençoado do salmo 128, podemos ver o próprio Cristo que, pelos sofrimentos do seu mistério pascal nos alimenta e nos abençoa. Foi pela sua obediência ao Pai que veio até nós a bênção, a salvação. Nós os filhos da Igreja, recebemos de Cristo toda a espécie de bênçãos espirituais. Nele, a Igreja torna-se fecunda, dando novos filhos ao mundo e a Deus. Sentados à mesa da eucaristia, nós os filhos, somos felizes e tornamo-nos capazes de produzir fruto, como rebentos de oliveira que prometem o azeite para as almotolias (vaso de barro para azeite).

A certeza da salvação alcançada em Cristo, na sua morte e ressurreição, não pode deixar o cristão numa atitude despreocupada face ao presente e ao futuro, porque o Senhor vai chegar para o fazer participar definitivamente nos bens que ofereceu na cruz, dos quais já participa, mas não plenamente. Esta vinda do Senhor, está eminente, mas ninguém sabe quando é, por isso, Paulo pede que estejamos vigilantes para não sermos apanhados de surpresa. Embora confiantes, a viver no tempo presente, estamos abertos ao futuro no qual viveremos com o Senhor. Estar neste mundo não pode significar estar embriagado, anestesiado, com as coisas deste mundo como se fossem definitivas, porque isso é apostar tudo na beleza exterior, em vez de procurar o verdadeiro bem.

O Senhor que os tessalonicenses esperam sem saberem quando vem, vai chegar e vai pedir contas sobre o que cada um fez com os talentos recebidos. Nós, os discípulos de Cristo, vivemos entre dois tempos, aquele em que o Senhor colocou nas nossas mãos os talentos e o tempo final em que o Senhor virá e nos pedirá contas do que fizemos com esses dons.

A felicidade dos que esperam ansiosamente pelo fim de semana para vestirem o pijama e esticarem o corpo no sofá, é inutilidade consciente. A segunda-feira é, para estes, o drama do recomeço de uma penosa, vida arrastada na expetativa de regressar ao sofá da inutilidade.

A proposta do Senhor, nesta reflexão, é oposta a esta felicidade. A felicidade está em servir o Senhor, pondo a render todos os talentos, reconhecendo os talentos como um tesouro, uma bênção, que enriquece o próprio e pode enriquecer a todos.

A relação estreita, próxima e afetiva, entre Cristo e o seu discípulo, a Igreja, não permite o desleixo quanto à missão que ele lhe confiou. A resposta não pode ser menos do que entregar-se imediatamente ao trabalho, espalhar a semente do evangelho e fazer tudo o que é humanamente possível para que ela germine e cresça, mesmo no contexto difícil do tempo presente, mesmo quando a espera se torna longa e pesada, mesmo quando tudo faz crer que o Senhor não vem. O discípulo, a Igreja, sabe, pelo coração, que o Senhor vem e quer entrar na alegria do seu Senhor com as mãos cheias de uma missão cumprida com entusiasmo.

Feliz o homem que sabe ver a sua vida, a sua família, o seu trabalho, seu ministério, como uma bênção de Deus para si mesmo e para os outros. Feliz daquele que em cada dia percebe, e vive já, a alegria que lhe é oferecido pelo Senhor ao final. Feliz aquele para quem o trabalho de cada dia não é um peso nem uma maldição, mas uma resposta à confiança depositada nele pelo Senhor que lhe confiou todos os bens. Eu quero ser assim, Senhor, uma pessoa abençoada pela missão, amado no cumprimento do meu dever, enriquecido pelo dom de cuidar dos outros, feliz pela certeza da alegria que me espera na casa do Senhor.