Evangelismo nas células
O trabalho de alcançar o próximo
A célula é o melhor ambiente para a evangelização. É um encontro informal, onde as pessoas são elas mesmas, sem máscaras e sem ataduras. Aqueles que ainda não conhecem a Jesus vão se aproximar dos cristãos seguindo, mais ou menos, a seguinte sequência: primeiro conhecem você, suas atitudes, suas palavras, suas reações, sua família e seus amigos, os lugares que você frequenta, a igreja, e depois de tudo isso é que chegarão a Cristo.
O grupo pequeno conseguirá evangelizar na medida em que aconteçam três coisas: oração, mover do Espírito Santo e atos de amor e gentileza.
1. A oração é um elemento fundamental para o evangelismo.
O novo nascimento é uma obra poderosa que somente o Espírito Santo pode efetuar. O trabalho de quem evangeliza é limitado, apenas pode expor a mensagem do Evangelho, nada mais. Somente Deus pode fazer com que a semente semeada germine. Lembre-se: é o Espírito Santo que convence, não nós.
2. Precisamos do Espírito Santo para sermos sensíveis, para enxergar a dor do outro, a necessidade do próximo. Sem Ele somos cegos espirituais.
No Antigo Testamento, Abraão convidava as pessoas do seu convívio para entrar na tenda e comer com ele. Na Idade Média, a mesa do Rei era só compartilhada pelos familiares diretos. E na medida em que o tempo foi passando e a sociedade evoluindo, as salas e as mesas foram tornando-se menores. É como se o homem caminhasse direta e lentamente em direção ao isolamento. Mas, como foi mencionado, casas e mesas são fundamentais no trabalho evangelístico. Claro que você não convidaria qualquer pessoa para entrar na sua casa e dividir o pão. Quem nos torna sensíveis para abrirmos a casa, o coração e termos a mesa sempre pronta para receber alguém é o mover do Espírito Santo.
Por outro lado, muitas pessoas sentem vergonha ou são tímidas no contato com outras. Mas é o Espírito Santo quem nos dá ousadia para fazermos além do que podemos ou pensamos que poderíamos fazer. Veja o quanto precisamos dele!
3. O pastor Carlos Alberto costuma afirmar duas coisas: “o amor é o que o amor faz” e “gentileza gera gentileza”.
Primeiro porque as pessoas acreditam mais quando veem o amor em ação. E segundo porque os dons dados pelo Espírito Santo não são para nós, mas para o próximo. Para serem colocados em ação no cuidado e no serviço das pessoas, manifestando, assim, o amor incondicional de Deus.
Quando andamos em amor, não precisamos fazer um esforço extraordinário para alcançar pessoas. Somos livres para sermos nós mesmos e nossa vida será um testemunho constante para aqueles que não conhecem a Jesus.
O amor nos leva a andar a segunda milha, a ter uma atitude extra de cuidado e serviço. Não há melhor maneira de evangelizar na célula do que focar mais em atos cristãos de bondade no lugar de meras palavras. Se isso se tornar o estilo de vida das pessoas na célula, muitos virão a conhecer Jesus.
A relação entre evangelismo e trabalho celular é uma combinação que já comprovou ao longo da história a sua eficácia. Quando a igreja primitiva se reunia nas casas ganhava o favor do povo, e a cada dia novos crentes eram acrescentados (At. 2.47). A presença dessa comunidade de casa em casa foi um elemento decisivo para a expansão do Evangelho.
Mas o trabalho se verá comprometido se algum dos componentes mencionados nesta edição da Revista Comuna estiver faltando. Principalmente se, numa sociedade que tende ao isolamento, os cristãos se esquecem de procurar que o mover do Espírito Santo se manifeste entre eles para poderem enxergar as necessidades do próximo.
Jesus olhou para as multidões e sentiu compaixão. E nós poderemos nos identificar com isso se tivermos, de fato, comunhão com o Espírito Santo e uma vida de oração dedicada – também – àqueles que desejamos ver salvos. Só assim, as nossas casas e mesas estarão sempre preparadas para receber a quem Ele enviar.
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