A morte e a ressurreição de Jesus nos lembram de que, apesar dar circunstâncias, Seu sacrifício é suficiente

Em 2020, pouco tempo antes da Páscoa, o Brasil entrou em suas primeiras medidas de distanciamento social para conter o novo coronavírus. Este ano, a história se repete. Mais uma vez, as celebrações da ressurreição de Cristo serão online, os almoços, a distância. Mas nada disso muda o verdadeiro significado desta data e nem tira a nossa esperança. Jesus sempre foi o Plano A de Deus, e Ele continua sendo o nosso.

A verdadeira Páscoa

A morte e ressurreição de Jesus é mais do que um fato histórico incontestável. O assunto não pode ser descartado dizendo: “isso simplesmente não pode ter acontecido”. Como muito bem menciona o pastor Timothy Keller no seu livro “A fé na era do ceticismo”, os críticos precisam ir além e responder estas perguntas:

“Por que o cristianismo surgiu tão repentinamente e com tamanho poder? Nenhum outro grupo de seguidores messiânicos da época jamais concluiu que seu líder ressuscitou dos mortos – por que este grupo o fez? Nenhum grupo de judeus jamais adorou um ser humano como se fosse Deus. O que levou este grupo a agir assim? Os judeus não acreditavam em homens divinos nem em ressurreições de indivíduos. Como explicar as centenas de testemunhas oculares da ressurreição que continuaram vivas durante décadas e publicamente sustentaram seu testemunho, às vezes dando a vida por aquilo em que criam?” E, ainda mais, como um assassino de cristãos como Saulo (At. 26.9-10) poderia ter se convertido no maior teólogo do cristianismo?”

Timothy Keller

Toda tentativa de explicar o nascimento da igreja que deixe de fora a ressurreição de Jesus vai contra o que sabemos a respeito da história e cultura do primeiro século.

“Os primeiros cristãos não inventaram o túmulo vazio, nem os encontros com Jesus ressurreto, nem Suas aparições. Ninguém esperava algo assim; nenhum tipo de experiência de conversão haveria de inventar essas histórias, não importa quão culpados – ou perdoados – se sentissem esses indivíduos, não importa o número de horas que se debruçassem sobre as Escrituras”, afirmou uma vez o grande teólogo N. T. Wright.

A verdade da ressurreição de Cristo é que explica a força dos Apóstolos a saírem pelo mundo pregando Jesus vivo e presente entre eles. Nesta certeza eles enfrentaram o Império Romano e o tornaram cristão. Nesta certeza eles enfrentaram os dentes dos leões sob Nero, Dioclesiano, Vespasiano, Domiciano e outros imperadores que os massacraram.

Foi na força da ressurreição de Jesus que a igreja sempre venceu todos os seus inimigos e perseguidores.

Acreditar que a igreja chegou até nós com 2 mil anos de vitórias, sem acreditar na ressurreição de Cristo, seria acreditar num milagre maior do que a própria ressurreição. O túmulo vazio de Cristo foi o berço da igreja e a certeza de uma vida completamente nova para toda a humanidade.

Jesus sempre foi o “Plano A” de Deus, sempre foi a primeira opção para dar esperança às pessoas. A forma como veio ao mundo – como servo e homem simples – nos ensina a viver, não em uma pobreza ou simplismo coberto de falsa humildade, mas com o coração pronto a compartilhar tudo o que temos, desde nossos dons e talentos, até nossas posses e bens.

Deus, através de Jesus nos ensina que “mais feliz é quem dá do que quem recebe” (At. 20.35). Ele nos deu a Sua vida em alegria e obediência para que pudéssemos experimentar tamanha graça e amor, mesmo não merecendo.

Fomos incluídos em Sua morte, abandonando a nossa natureza egoísta, e também em Sua ressurreição, recebendo uma nova natureza, doadora e sensível, pois agora Cristo vive em nós (Rm. 6.5).

O verdadeiro cristão vive para Aquele que por ele morreu e ressuscitou (2Co. 5.14-15). Jesus libertou a humanidade dos seus temores e frustrações, dos seus males espirituais, físicos e mentais, para experimentar relacionamentos sadios, atitudes de misericórdia, hábitos que transbordam compaixão, e um modo de vida cheio de graça.

Onde está a nossa esperança?

Cristo ressuscitou e vive entre nós. Isso é fato. E a Páscoa é a celebração da Sua ressurreição, a vitória da vida sobre a morte, o triunfo da graça sobre o pecado, da luz sobre as trevas. É o final da nossa vida egoísta e o surgimento da nossa vida de verdadeiros doadores, parecidos com Jesus. Por isso, essa festa é tão importante para nós cristãos, é a comemoração da nossa ressurreição em Cristo!

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo. 11.25).

A obra de Cristo na cruz nos lembra de que a nossa esperança permanece nele, esperança que não é vazia e que sempre se apoia no caráter e nas palavras de um Deus bom e fiel.

Pode ser que essa Páscoa não seja exatamente como imaginamos, as notícias não são as melhores, o cenário é triste. Mas o nosso Deus continua o mesmo, o sacrifício de Jesus por nós continua o mesmo. Ele é fiel!

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