O verbo se fez carne e habitou entre nós

Deixando de lado todo o agito do mês de dezembro – mesmo em meio ao distanciamento social –, as árvores, os presentes, a comida e os quilos extras que costumamos ganhar por conta das celebrações de final de ano, há uma história de nascimento humilde e uma realidade simultaneamente deslumbrante: o próprio Deus andou entre nós, tornou-se humano. Aquele fato marcou um antes e um depois na história da humanidade. O Natal é sobre a encarnação de Jesus.

As palavras escritas em João 1.14 falam da maior manifestação de Deus aos homens. A mensagem de amor e redenção que o Senhor falou por meio dos profetas passou despercebida por séculos (Mt. 23.37). As pessoas achavam fácil ignorar o Criador e continuaram em seu pecado e rebelião. Então a Mensagem se fez carne, assumiu a forma humana e veio habitar entre nós (Rm. 8.3).

O primeiro capítulo de João nos dá também um vislumbre do relacionamento Pai e Filho antes de Jesus vir à Terra. Ele preexistiu com o Pai (Jo. 1.1), estava envolvido na criação de tudo (v. 3), e é a “luz dos homens” (vs. 4). O verbo é a incorporação completa de tudo o que o Senhor é (Cl. 2.9).

O que a Bíblia diz sobre a vinda de Jesus como homem

À luz desses fatos, há cinco verdades bíblicas essenciais que precisamos conhecer sobre a encarnação de Cristo:

Ela não marca o começo da Sua existência

A concepção virginal e o nascimento em Belém não marcaram o início da vida de Jesus. Ele “é, era e há de vir” (Ap. 1.8). Ele existe desde antes da criação do mundo, foi através dele que todas as coisas foram criadas (Jo. 1.1-5). Na verdade, Seu nascimento, marca a entrada do Filho eterno em nosso mundo e se tornando fisicamente um de nós.

Ela mostra a humildade de Jesus

Ele não é um rei típico. Não veio para ser servido, mas para servir (Mc. 10.45). Sua humildade esteve presente desde Belém até o Gólgota: “Embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” (Fp. 2.6-8).

Ela cumpre a profecia:

A chegada de Jesus não foi aleatória ou acidental, mas foi profetizada no Antigo Testamento e de acordo com o projeto eterno de Deus. Talvez o texto mais claro sobre a natureza igualmente humana e divina do Messias seja Isaías 9.6: “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz.”

Neste versículo, o profeta vê o nascimento de um Filho, mas não é um filho comum. Seus nomes extraordinários apontam Sua deidade. E juntos – o Filho que nasceu e Seus nomes – afirmam que Ele é o Cristo que tira o pecado do mundo.

Ela é misteriosa

Responder como poderia ser que uma pessoa fosse completamente Deus e completamente homem não é uma questão que as Escrituras enfocam. Algumas coisas continuam misteriosas. “As coisas encobertas pertencem ao Senhor “, escreveu Moisés, “mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre” (Dt. 29.29). Mas o fato é que Jesus teve exatamente esta natureza: veio plenamente como ser humano sem deixar de ser plenamente divino.

Ela é necessária para a salvação

A encarnação de Jesus é um elo essencial no plano de redenção de Deus. Como está escrito em Hebreus 2.17: “Era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus e fazer propiciação pelos pecados do povo.”

A encarnação mostra a grandeza de Deus, que se despojou de si e veio nascer numa manjedoura, cheio de humildade, de misericórdia, de graça. Nosso Deus é um Deus que nos redime pelo Seu sangue, não um que nos deixa abandonados em nosso pecado. Ele se fez um de nós para que nós sejamos um com Ele. O verbo se fez carne.

O Verbo se fez carne e habitou entre nós – a esperança venceu

O Natal é quando nos lembramos de que Deus enviou Seu Filho ao mundo para nos resgatar do poder do pecado e para nos dar uma nova vida – vida esta que pode ser vivida em comunhão com o nosso Criador e Pai. Entender mais sobre como foi a vinda de Jesus nos dias que antecedem essa celebração nos leva a um lugar de contemplação e gratidão.

Quer saber mais sobre o que a Palavra de Deus fala sobre a vinda de Jesus?