Jesus respondeu:

— Se você conhecesse o dom de Deus e quem é que está lhe pedindo água para beber, você pediria, e ele lhe daria água viva (João 4,10).

Jesus nos fala, nesta estupenda página do Evangelho, usando a mais familiar, mais clara e mais cotidiana de suas criaturas: a água. Quantas mensagens preciosas Jesus ligou à água! Ele, por assim dizer, se escondeu atrás do símbolo da água, como na Eucaristia se ocultou sob as espécies do pão. Jesus falou: Se alguém tiver sede, venha a mim e beba (Jo 7,37) e João acrescenta: do seu interior fluirão rios de água viva (Jo 7,38). Na cruz nos deixou a água como herança, quando do peito perfurado, fez brotar sangue e água. Quis que a redenção se derramasse, através dos séculos, sobre todas as pessoas, com a onda purificadora do batismo: Ide, batizai todos os povos […].

Não admira, por isso, que os primeiros cristãos falassem da água com certo tom afetivo, como se fosse seu elemento vital: “a nossa água”, dizia Tertuliano. Os primeiros cristãos gostavam de se chamar e se definir como “os peixinhos”. Havia nesse nome um profundo simbolismo. Naquele tempo de perseguições, o nome de Jesus devia ficar escondido, por precaução contra os pagãos, sob o criptograma acróstico formado com as letras que no grego compunham a palavra peixe. As iniciais da palavra peixe em grego formavam esta frase: “Jesus Cristo filho de Davi salvador”. Como os peixes, os cristãos sabiam que tinham nascido da água e que não podiam viver se não permanecessem no batismo, na graça e na fidelidade a Cristo. Sabiam que fora de tal água seria a morte certa, como morre um peixe que é tirado de seu habitat.

No que tange ao nosso batismo, reflita pela leitura do episódio da água que Moisés fez jorrar da rocha em Êxodo 17,3-7:

Mas ali o povo estava com sede de água e murmurou contra Moisés, dizendo:

— Por que você nos tirou do Egito, para nos matar de sede, a nós, a nossos filhos e aos nossos rebanhos?

Então Moisés clamou ao Senhor:

— Que farei com este povo? Daqui a pouco vão me apedrejar.

O Senhor respondeu:

— Passe adiante do povo e leve com você alguns dos anciãos de Israel. Leve também o bordão com que você feriu o rio Nilo e siga em frente. Eis que estarei ali diante de você sobre a rocha em Horebe. Bata na rocha, e dela sairá água; e o povo beberá.

Moisés assim o fez na presença dos anciãos de Israel. E chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, por causa da discussão dos filhos de Israel e porque tentaram o Senhor, dizendo:

— Está o Senhor no meio de nós ou não?

Esta passagem também deve ser lida pelo seu valor simbólico: a água é o elemento imprescindível para a vida; o rochedo é o elemento de máxima aridez na natureza. Esse povo ainda não pode produzir nada, simplesmente anseia pela vida que teve no Egito e rejeita o projeto de liberdade. Só um processo de formação pode fazer com que do povo-rocha brote água viva, que se leve à execução o projeto de solidariedade e de justiça. Também desempenha um papel importante o bastão de Moisés, “com que feriste o Nilo” (v.5), uma maneira de dizer que é a mesma mão divina, sua pedagogia, a que pode golpear/guiar para transformar. Como no Evangelho, o episódio da Samaritana com uma espécie de epopeia mística da água. Também hoje o Espírito Santo quer que nos preparemos para a renovação das promessas batismais que nos prepara a noite da Páscoa.

Este é um dos aspectos da grande mensagem dada por Jesus ao simbolismo da água: ela nos purifica. Podemos observar isto no cotidiano; quando voltamos do trabalho, sujos e cansados, e tomamos um banho que nos deixa com uma sensação de bem-estar. Algo parecido acontece espiritualmente com a água do Batismo e do perdão de Deus no momento da reconciliação pela contrição, confissão: purifica, isto é, desmancha as nódoas do pecado, os elimina da alma, que volta a resplandecer e a sorrir aos olhos de Deus, limpa e digna de receber seu abraço de amor e amizade. Assim diz, com efeito, São Paulo a respeito da Igreja: 

Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pelo água do batismo com a palavra, para apresentá-la a se mesma toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível (Ef 5,25-27).

Mas a água tem outra função, mais preciosa ainda: tira a sede. E é nisso que se funda a conversa de Jesus com a samaritana. O início do diálogo é bem natural. É meio-dia, faz calor e Jesus tinha caminhado bastante sob o sol quente da Palestina. Jesus está com sede: Mulher, dá-me de beber! Daqui Jesus aproveita para falar de outra sede e de outra água que unicamente pode extinguir tal sede: Todo aquele que beber desta água (do poço) tornará a ter sede, mas o que beber da água que eu lhe der jamais terá sede. Mas a água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água, que jorrará até a vida eterna.

Para quem deseja coisas profundas, ou necessidade de respostas decisivas para a própria vida, eu aconselharia apegar-se a essas palavras de Jesus, repeti-las muitas vezes silenciosamente para si, para assimilá-las melhor, até descobrir, pouco a pouco, com a ajuda interior da graça, todo seu significado. A força dessas palavras é tão grande que aquela mulher até aquele momento só preocupada em uma vida fácil, procurando um marido (já tinha cinco, e não tinha ficado satisfeita), de um momento para outro se sente liberta, parece que todo o passado se foi com a alegria de ter encontrado Cristo. Jesus lhe tinha dito apenas: aquilo que você procura Sou Eu que te falo.

Jesus, com aquelas palavras, deve ter-lhe feito compreender uma coisa importante, que é o coração deste evangelho e cabe a nós descobri-la. Ajuda-nos um texto do profeta Jeremias que parece até um comentário ao evangelho que meditamos. Jeremias (2,13) compara aqueles que abandonam a Deus, para procurar a felicidade nas criaturas, à pessoa que abandona uma fonte de água viva e se escava uma cisterna, que, além de não ter água, não pode contê-la. O coração humano tem sede de vida e de felicidade, porque Deus assim o criou, com esta sede inata, como uma espécie de lei da gravidade. O coração humano está inquieto enquanto não encontra repouso (Santo Agostinho).

Há duas maneiras para acabar com essa sede. A primeira é beber a água das criaturas, procurar a alegria das coisas – bens, fama, prestígio – ou procurá-la em outra criatura. Dentro dos limites estabelecidos pela lei de Deus isto não é pecado: é a natureza. Ele, porém, nos alerta. Esta água extingue a sede de modo provisório, às vezes de modo enganador e ilusório; por vezes, esta água é tão turva e poluída que envenena a alma. E em qualquer caso virá o tempo em que não se poderá mais bebê-la. Ai de quem põe toda sua confiança nessas coisas.

Ele, porém, nos oferece uma água que sacia todo o ardume e toda a necessidade do coração humano. Oferece-nos sua Verdade, seu amor, sua amizade. Um amor não precário, volúvel, mas fiel. Uma felicidade que sozinha pode alimentar e dar sentido a toda outra felicidade legítima. Uma felicidade, sobretudo, cujo horizonte é o restrito espaço da juventude, ou da vida (70 anos se somos robustos, diz a Bíblia), mas abraça a eternidade: a água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água, que jorrará até a vida eterna (Jo 4,14). 

Por último, outra manifestação da graça de Deus em Cristo, é a paz. 

Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para o qual fostes chamados a fim de formar um único corpo. E sede agradecidos! (Cl 3,15).

O Cristo, que é a paz de Deus, vem para fazer-nos participantes dessa paz. Por que escolhi esse texto? Gosto de São Paulo, porque ele é bem realista, bem pé no chão. Não é verdade quando ouvimos falar: “Entregue sua vida para Jesus e seus problemas terminarão”, “Eu já entreguei minha vida para Jesus e agora não tenho mais problemas, aleluia!” Então você morreu. 

O que o Senhor quer nos dizer com essa palavra? O que Jesus quer nos ensinar de uma forma tão concreta e que todos nós experimentamos? Nós teremos problemas. “Venha aqui que vou orar por você e seus problemas acabarão.” Isso é mentira, é falsa evangelização. Jesus nunca disse para alguém: “Eu vou resolver seus problemas.” Se você acha que orando terá uma predileção especial de Deus, pode parar de orar. Nossa oração não muda Deus; Deus não precisa mudar. Nossa oração modifica a nós mesmos, e nos faz compreender que a vida Cristã é um contínuo e constante combate. 

Por isso, São Paulo usa esse termo tão determinante. Triunfe em vossos corações a paz de Cristo. O que quer dizer triunfo? Tem a ver com guerra, com luta. Paulo está dizendo que não será fácil. Não pense você que a paz de Deus é uma apatia. Ser cristão pressupõe luta, garra, ser de fato guerreiro, interior e exteriormente falando. Jesus chega a dizer que o reino dos céus é dos violentos e que só os violentos vão conquistar esse reino. Que violência é essa? Ressuscitados com Cristo, buscai as coisas lá do alto (Cl. 3,1). Na medida em que buscamos as coisas do alto, na medida em que procuramos construir a paz, percebemos que existem dois grandes obstáculos interiores e exteriores que precisam ser vencidos. 

Não existe fórmula pronta, não existe uma oração de apatia. “Senhor, eu lhe peço que afaste de mim os problemas.” Deus não vai afastar. O grande sermão da felicidade – Mateus, capítulos cinco, seis e sete -, o grande sermão das bem-aventuranças, da felicidade humana, da vitória e da paz, do buscar em primeiro lugar o reino de Deus nos dá uma conclusão fabulosa: aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que constrói sua casa sobre a rocha (Mt. 7,24). O evangelista, no versículo 25 e depois no 27, repete uma seqüência de ataques que aquela casa vai sofrer. Vocês se lembram qual foi o primeiro ataque? Caiu a chuva, sopraram os ventos, veio a enxurrada, investiram contra a casa. E ela não caiu. Na casa construída sobre a areia, caiu a chuva, sopraram os ventos, veio a enxurrada, investiram contra a casa. E ela caiu. 

Jesus quer nos ensinar que seremos atacados, de cima, de lado e de baixo. Caiu a chuva de cima, o vento de lado, e a enchente veio por baixo. O encardido vai tentar achar uma brecha em sua vida para derrubá-lo. Vai procurar no seu passado, no seu presente ou no futuro. Ou vai procurar atingir seu relacionamento familiar, seu namoro, seu matrimônio ou sua vida econômica. Como um leão, fica rodeando até achar a hora de dar o bote. 

Assumir a missão de ser cristão significa perder o sossego. Não se pode achar que paz é comodismo, é ausência de problemas. A paz a ser construída, o shalom de Deus, tem um modelo: Jesus. Isso significa luta, garra. E, cada vez mais, me convenço de que estamos criando pessoas fracas. Estamos diante de pessoas que a qualquer problema desistem, porque tudo ficou fácil demais. O mundo é rápido demais, você aperta um botão e resolve. No carro, você aperta um botão e o vidro sobe. O fogão não precisa mais de fósforo porque já acende sozinho. Tudo fácil. A vida não é assim, não existe um botão para resolver os problemas, e as pessoas estão atrás disso, é essa a religião Deísta Moralista Terapêutica. Vivo do meu jeito, procuro bem-estar e só mensagens motivacionais; isso não é cristianismo, isso é a religião do “eu”. 

Nossa religião é de um grande “Eu Sou”, que é o Senhor, e a paz somente Ele pode nos dar. Cristo é nossa paz, nosso modelo. Parece que estamos anestesiando as pessoas, e por isso não encontramos a paz verdadeira. Jesus disse que a paz que o mundo oferece não é a dele. A paz dele é diferente, é fruto da garra. São Paulo diz: “Combati o bom combate.” Ele nos ensina que a vida espiritual é semelhante à vida civil, ao atleta que persegue o alvo, corre, luta, descruza os braços, sonha com esse mundo novo e trabalha em sua construção. 

Triunfe em vossos corações a paz. Isso também é no sentido interior. Essa paz não significa que você vai estar todo dia alegre, todo dia feliz. Por que muitos casamentos não dão certo? Porque não triunfa a paz. O que triunfa? Triunfa a guerra. Quando casam, no começo é a mesma beleza, um escuta o outro. Cinco anos depois de casados, os dois falam e os vizinhos escutam. É uma revolução terrível. Triunfa o quê? A discussão, a briga. O triunfo da paz significa uma conquista, significa que vamos passar por problemas, por dificuldades. Em alguns dias, você vai estar para baixo e não com a mesma disposição de sempre, porque você é humano e precisa colocar o pé no chão, mas os olhos devem estar fixos em nosso alvo, Jesus. Ele é nossa paz, nosso modelo. 

A carta de Paulo aos Filipenses diz que nosso único fundamento no qual podemos construir é Jesus Cristo. Olhando para Ele, seu jeito de agir, de amar, de evangelizar, lutar, descobrimos a nossa paz. Lemos na carta aos Colossenses que a restauração em nós acontece gradativamente. O cristão deve ser batizado no Espírito todos os dias, a toda hora. A dinamicidade do Espírito em grego (Atos 1,5 e 8) é dínamos, que significa força do alto. Sereis revestidos com a força do alto. O que é dínamos? É a peça que gira e, com a força da água que cai, gera eletricidade, força, movimento. O Espírito Santo é dínamos, é força dentro de nós, que age a cada dia e não apenas uma vez. “Orai sem cessar; em todas as circunstâncias, dai graças.” Perseverar, caminhar, lutar, crescer. Se cair, levante. 

A construção da paz nunca estará pronta. No dia em que você cruzar seus braços acreditando que ela está pronta, ela começa a estagnar de novo. Como uma casa que você constrói: ela fica linda nova, mas começa a estragar e envelhecer, sendo preciso reconstruí-la sempre, limpando, fazendo reparos e, de vez em quando, providenciando uma reforma, uma pintura, consertando as goteiras. Assim é conosco. “Eu entreguei minha vida para Jesus, e ele resolverá meus problemas.” Jesus não resolve seus problemas! Cristão vive na luta. A cada dia caminha um pouco, cresce um pouco, sem perder o alvo. No dia em que cruzamos os braços, começamos a cair. 

A vida cristã, a vida no Espírito é feita entre o espiritual em nós, nossa alma e nosso emocional. Espiritual-físico, que envolve nosso corpo, nossas necessidades econômicas e financeiras. São dois aspectos que precisam ser equilibrados. Triunfe em vossos corações a paz de Cristo. Isso significa também nossa luta interior. Todos nós, conforme vamos vivendo, nos machucamos. Isso acontece em todos os tipos de relacionamento. Não existe ser humano perfeito, mas existe um ser humano limitado, em constante luta, em constante crescimento interior, um ser humano que, se perder a meta de sua vida, cai e não levanta mais. 

Jesus não veio ensinar a salvação para depois da morte. Ele vem ensinar a construir o reino de Deus. Você precisa ter uma missão, ser construtor da paz. E o que é construir a paz? Essa paz se constrói na luta, na garra, se constrói no dia-a-dia sem perder o alvo. 

Triunfe em vossos corações a paz de Cristo. Isso significa que vamos passar por situações difíceis, de mágoa, ressentimento, ódio, decepção, principalmente em nossos relacionamentos. Aliás, os relacionamentos que mais nos machucam são aqueles que envolvem as pessoas com que temos maior proximidade. Uma pessoa longe de mim não me machuca, mas aquele que vive comigo me machuca, dificulta minha caminhada e deixa marcas negativas. 

Construir a paz quer dizer viver e estar sempre sob a ação de Deus. É um crescer, contínuo, a ação do Espírito Santo. Deus é fabuloso, Ele nos dá as coisas na medida em que nos abrimos para Ele. Existe uma pessoa no mundo com quem precisamos ter paciência: nós mesmos. Enquanto não aprendermos a ter paciência conosco, não teremos paciência com os outros. Se você criar um mundo ideal, um mundo de sonhos, esse mundo não existe. É alienação, fuga, e isso não é de Deus. 

Sempre é mais fácil achar um culpado para nossos problemas, para nossas derrotas, para nossas dificuldades, não queremos assumir que o problema está em nós, e passamos a buscar culpados. O discurso dos derrotados é aquele que tenta justificar todos os erros cometidos encontrando o erro dos outros. Por que as pessoas gostam de mostrar os erros dos outros? É para ver se desviam a atenção do seu erro. Se você quer ver triunfar a paz em seu coração, não busque culpados para suas derrotas. Aceite uma verdade muito profunda: você é limitado, você é fraco. Paulo experimentou essa verdade quando pediu para o Senhor tirar o espinho de sua carne, e o Senhor disse: “Basta-te minha graça.” O Senhor estava ensinando que Paulo era fraco. Você pode ter muitos talentos, muitos dons, pode saber fazer muitas coisas, mais você vai cair. 

Você precisa deixar-se conduzir pelo Espírito Santo. Ele nos revela que somos fracos, mas que Deus trabalha a partir da nossa fraqueza. Deus chama pessoas fracas, para que por meio da fraqueza delas se manifeste sua força e seu poder. O triunfo da paz é deixar vencer a paz e não o ódio, não as dificuldades, não os problemas. Então não preciso buscar culpados para minhas derrotas. Dobro meu joelho no chão e reconheço que sou fraco, limitado, e que necessito da graça de Deus. 

Essa é a grande mensagem de Jesus, a mensagem que mais me impressiona. Jesus nunca pergunta sobre o passado da pessoa, pois ele deseja que em nosso coração não triunfe o passado, não triunfem as experiências negativas, as mágoas, o ressentimento, a doença, a mentira, os vícios. 

Que em nosso coração triunfe a paz de Cristo. Essa é sua vocação. Esse é o grande chamado de Deus para nós. Devemos permitir que Deus triunfe em nós, em nossa casa, em nossa vida, em nossas dificuldades. A paz do Cristo é a paz que cura, o shalom de Deus que cura, restaura e transforma.

Em uma palavra, o que Cristo nos oferece é seu Espírito: água e Espírito estão entre eles, no Novo Testamento, como o sinal e o significado.

Agora que entendemos a realidade – a água de Cristo – podemos dar uma olhada de novo para a figura – a água de Moisés – e ver-nos todos representados naquele grandioso quadro simbólico. Nós somos agora o povo eleito que caminha no deserto para a terra prometida. Nós que “sofremos a sede” e que gritamos ao novo Moisés que faça jorrar para nós a água da rocha. Já sabemos qual é a rocha para a qual devemos olhar: foi golpeada na Cruz pela lança do soldado. Com a samaritana oramos hoje: Senhor, dá-me desta água, para eu não ter mais sede.