Descubra o que faz a diferença em um grupo pequeno que tem comunhão, edifica e
multiplica


Grupo de comunhão, edificação e multiplicação – é assim que enxergamos as células
na Comunidade da Graça, por isso as chamamos de GCEMs. Os pequenos grupos são a
própria igreja que se encontra nas casas para falar do amor de Jesus, crescer no
conhecimento da Palavra, ter comunhão e alcançar ainda mais pessoas. Por serem
parte tão essencial do Corpo de Cristo, esses grupos precisam da devida atenção para
que cumpram seu propósito.
Elementos de uma célula frutífera
Mas quais são os elementos essenciais para que uma célula – GCEM, pequeno grupo,
ou qualquer outro nome que seja dado em sua igreja local – seja frutífera? Separamos
alguns deles:

1. Oração e Palavra

Os dois elementos mais óbvios que devem fazer parte das práticas de um pequeno
grupo são a oração e a leitura da Palavra. Infelizmente, a oração pode se tornar
superficial em um encontro, ao invés de ser a fonte para um encontro com Deus.
Talvez isso aconteça por causa da maneira com que muitos entendem como ela
funciona. A maioria das pessoas parecem enxergá-la como as palavras que dizemos
para Deus, mas uma das melhores definições para oração é “estar na presença de
Deus intencionalmente” – a ênfase é em “estar” e na “presença de Deus”.
Esse entendimento nos leva ao que o apóstolo Paulo disse em 1 Tessalonicenses 5.17:
“orem continuamente” (NVI). Mais do que simples palavras superficiais no começo ou
no final do encontro de uma célula, a oração deve ser um tempo em que trazemos
tudo o que somos ao trono de Deus, para que Ele possa trabalhar em nós e através de
nós.

2. Estudo bíblico

Para muitos, a célula é quase equivalente a um estudo bíblico. Certamente, há muitas
outras atividades que os pequenos grupos podem ter além de exclusivamente estudar
a Bíblia – mas isso não pode ser deixado de lado.
Por isso, é tão importante preparar líderes de células. São eles que terão em mãos o
boletim do culto para que saibam como passar a mensagem aos participantes do
grupo, sem “repregá-la”. Pessoas treinadas e bem preparadas sabem como usar o
boletim ou o material que têm em mãos da maneira certa, fazendo com que a célula
cumpra seu propósito.

3. Responsabilidade

Outro elemento importante é a responsabilidade, ou o que também podemos chamar
de prestação de contas. Sem muito contexto, a noção de prestação de contas em uma
célula pode causar certa confusão. Muitos a enxergam como punitiva ou algo que vai
levar a vergonha e culpa. Mas esse não é o tipo de responsabilidade que se espera em
uma célula. A convicção é entre as pessoas e o Espírito Santo. A prestação de contas
tem essa via, mas também precisa acontecer entre as pessoas. Aqui, o papel do líder
ou auxiliar é serem firmes e oferecerem conselhos baseados na Palavra, mas convicção
e direcionamento são dados pelo Espírito Santo.
Um dos benefícios desse elemento para grupos frutíferos é levar os participantes além
do mito da autonomia. Quando lemos passagens como a de Atos 2.41-47, percebemos
que mutualidade e interdependência eram componentes cruciais da Igreja Primitiva.
Portanto, ensinar a importância da prestação de contas e introduzi-la a uma célula nos
ajuda como individual e coletivamente a nos tornarmos o povo de Deus.

4. Cuidado

Uma marca de quando uma célula se tornou frutífera é quando ela se torna lugar de
cuidado. Tanto os líderes quanto os participantes devem ter a consciência e a
responsabilidade de cuidar daqueles que estão chegando.
Outra maneira como o cuidado é expresso através das células é com a hospitalidade.
Isso deve ser realidade em grupos que se encontram em uma casa ou na igreja.
Quando a vida se torna difícil, estar em um lugar com um grupo de amigos que
apontam para Jesus é um grande diferencial. Lanches e comidinhas também podem
fazer parte dos encontros, mas não precisam ser o seu foco.

5. Missões

Como as células se envolvem com missões varia de acordo com cada uma. O
importante é ensinar aos participantes que o grupo tem um propósito, e que eles não
estão ali apenas para ter um tempo agradável juntos. Algumas ideias de como
introduzir as missões em uma célula são: através da oração (por causas de conhecidos

dos participantes, pela cidade, pelas necessidades do bairro, pela igreja ao redor do
mundo, pela igreja perseguida, pelos povos não alcançados) e através do trabalho para
suprir necessidades próximas (doação de alimentos e cestas básicas, oração nas casas,
ajuda direta).

6. Cobertura

Uma célula frutífera é resultado de um líder que ora. Por isso, é essencial que haja
cobertura espiritual da parte dos líderes e auxiliares, comprometendo-se a interceder
e a colocar o grupo diante do Senhor durante toda a semana, não somente no dia ou
no momento do encontro.
Cada casa, uma igreja
As células são uma estratégia importante para que a igreja seja atuante e cumpra o
chamado de fazer discípulos de Jesus. Por isso, é essencial estar atento a esses
elementos para garantir que o grupo esteja funcionando da melhor maneira possível
para dar frutos, e frutos que permanecem.

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