6 características essenciais para o discipulado

Desde o início, Jesus deixou claro que transformaria a vida dos discípulos: “Sigam-me, e eu farei de vocês pescadores de gente” (Mt. 4.19). A profissão de pescadores se transformou em uma missão de alcançar pessoas. A cada passo do caminho, Jesus os ensinou a compartilhar, conectar pessoas a Deus e cuidar daqueles que estavam em necessidade.

Discípulos transformados

Quando um discípulo amadurece espiritualmente, o Espírito Santo promove uma mudança profunda no coração:

  • Ele deixa de ser centrado em si mesmo para se tornar centrado nos outros;
  • Passa a ter motivações centradas em Deus;
  • Desenvolve o desejo de servir e liderar.

Quando você perceber que a pessoa que está discipulando começa a demonstrar esses sinais de transformação interior, é hora de oferecer oportunidades para que ela sirva.

Aproveitando cada oportunidade

Jesus aproveitava oportunidades cotidianas para treinar Seus discípulos a servir e ministrar às pessoas. Um exemplo claro de Sua liderança intencional pode ser visto no relato da multiplicação dos pães, registrado em João 6.1-13 – Ele envolveu os discípulos no atendimento às pessoas durante o milagre.

Aqueles homens estavam aprendendo tanto sobre o ministério quanto sobre quem Jesus era. Ele demonstrava atitudes intencionais em Seus relacionamentos. Então, ao invés de deixá-los apenas observando enquanto cuidava das pessoas, os envolvia diretamente no serviço, proporcionando experiências práticas de compaixão e cuidado.

Pensando assim, onde podemos oferecer oportunidades de serviço para quem estamos discipulando? Se você já serve em algum ministério, uma das melhores coisas a fazer é convidá-los para servir com você. Talvez não seja um encaixe definitivo com base em habilidades, mas o fato de começarem ao lado de alguém em quem confiam aumenta as chances de uma boa primeira experiência. Com o tempo, eles se sentirão mais confortáveis e poderão descobrir melhor suas aptidões para outras áreas.

Caso não haja espaço imediato na igreja, convide-os para acompanhá-lo em atividades fora dos cultos. Pode ser uma visita a um hospital ou ajudar alguém com necessidades práticas, como cuidar do jardim de um idoso. Se houver algum evento comunitário no qual você for voluntário, convide-os para participar. É uma ótima forma de demonstrar amor pela comunidade — e isso deixa marcas nas pessoas. O ministério não acontece apenas dentro das quatro paredes da igreja.

Liberar seu discípulo para servir aos outros é essencial para que ele se torne também um fazedor de discípulos — e isso exige intencionalidade de sua parte. Você precisa saber onde essa pessoa está em sua jornada espiritual e qual o próximo passo a ser dado.

Como Jesus preparou Seus discípulos para o ministério

Abaixo estão seis coisas que Jesus fez com seus discípulos para prepará-los para o ministério:

  1. Os levou até pessoas e situações reais de necessidade;
  2. Ensinou conteúdos profundos antes desses momentos;
  3. Os conectou com Deus e uns com os outros;
  4. Os capacitou e então os enviou para agir;
  5. Compartilhou verdades que eram novas para eles;
  6. Discipulou com o exemplo, sempre presente com eles.

Discipulado e dependência do Espírito Santo

Jesus ensinou e demonstrou o discipulado aos Seus seguidores, esperando plenamente que chegassem ao ponto de também fazerem discípulos. Eles sempre dependerão de Deus — e é por isso que Jesus enviou o Espírito Santo quando partiu. Mas Ele os guiou para que se tornassem maduros espiritualmente e multiplicadores. E nós somos discípulos hoje porque isso funcionou.

Quais as características de um verdadeiro “fazedor” de discípulos?

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