A riqueza do homem que tem amigos
Os relacionamentos espirituais nos levam mais perto de Deus
As amizades são uma parte importante da nossa vida. Desde a criação do primeiro casal, Deus mostrou a necessidade do companheirismo na vida humana. Em famílias, igrejas e comunidades criamos laços. Precisamos compartilhar a vida com outras pessoas.
Na Bíblia, Deus nos orienta sobre amizades. Ele fala do valor dos bons amigos e adverte-nos sobre os perigos dos companheiros errados. Ele oferece instrução e apresenta exemplos que nos ensinam. Estas orientações valem para os jovens que ainda estão escolhendo o seu rumo, e também ajudam os adultos no seu caminho pela vida.
Em João 15.15, os cristãos são chamados de amigos de Jesus. E a importância de manter um profundo relacionamento de amizade com o Pai, o Filho e o Espírito Santo são a chave de uma vida espiritual plena.
Ao longo da vida, podemos ter conhecidos, amigos superficiais ou amigos íntimos. Mas a Palavra de Deus nos recomenda enfaticamente o cultivo das amizades espirituais com vistas ao nosso amadurecimento como cristãos (Hb. 3.12-13).
As pessoas que são íntimas do Senhor nos ajudam a colocar Ele no foco. Primeiro, seguimos os passos dos amigos de Deus, até que aos poucos seguimos os passos do próprio Deus. Esta parece ser a recomendação do apóstolo Paulo: “Tornem-se meus imitadores, como eu sou de Cristo” (lCo. 11.1). Primeiro, você imita Paulo, que imita Cristo, que imita Deus. Depois, você imita o Filho, que imita o Pai.
Uma coisa é muito clara, a qualidade da sua vida depende da qualidade das pessoas com quem você convive e da qualidade dos relacionamentos que você constrói.
Por isso, é de extrema importância saber responder às seguintes perguntas: Você tem amigos que o confrontam em amor? Você é transparente o suficiente com seus amigos de modo que eles tenham como te confrontar?
Quando se trata de amizade, devemos valorizar qualidade, e não quantidade: “O homem que tem muitos amigos sai perdendo, mas há amigo mais chegado do que um irmão” (Pv. 18.24).
Jesus teve vários amigos, de níveis de intimidade diferentes, durante Seu ministério. Seus discípulos eram mais do que alunos ou servos, eram Seus amigos. A relação de Jesus com Seus discípulos era especial. Ele não os via apenas como seguidores, nem como funcionários cuja única função era pregar o Evangelho e obter resultados. Jesus valorizava a amizade que tinha com eles (Jo. 15.15).
Entre os 12 apóstolos, Jesus tinha três amigos mais próximos: Pedro, Tiago e João. Em algumas ocasiões, Ele levou apenas esses três consigo (Mt. 17.1-2). Ele tinha uma intimidade especial com eles e confiava na sua discrição. Estes conheciam profundamente o Seu coração, Seus pensamentos, Seus sofrimentos e Seus desejos.
Assim como Jesus fez, cultive amigos! Abra-se, conviva com eles como quem diz: “Eu estou pronto para que você me confronte, porque eu respeito você. Você é meu amigo. Eu confio no seu amor e no seu interesse legítimo por mim. O Cristo que habita em mim ama o Cristo que habita em você”. Isso é verdadeiro discipulado!
Por isso, escolha cuidadosamente seus amigos, valorize aqueles que o corrigem quando erra; evite se relacionar com os que prejudicam sua vida espiritual, seja você também uma pessoa fiel e de confiança – especialmente nos momentos difíceis, quando os amigos mais precisam de nós.
Esse é o caminho do nosso crescimento espiritual, do aprofundamento da qualidade da nossa vida. Por este motivo, a escolha de companheiros é um assunto de grande importância: “Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau” (Pv. 13.20).
Carlos Alberto Bezerra